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Costa promete acabar com prova de acesso à carreira docente

O secretário-geral do PS prometeu eliminar os exames de admissão à carreira docente, criticou o despacho que coloca o inglês como disciplina de exame do Ensino Básico e afirmou que evitará gerar descontinuidade no sistema educativo.

Correio da Manhã
23 de Setembro de 2015 às 22:21
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Estas posições foram assumidas esta quarta-feira pelo líder socialista num debate sobre educação, com a participação de professores e de funcionários educativos, na Escola Secundária Ferreira de Castro em Oliveira de Azeméis.

 

"A prova de acesso à carreira docente será eliminada", declarou António Costa, em resposta a uma das muitas perguntas formuladas por professores, a maioria delas incidindo sobre a organização do sistema educativo.

 

Além de garantir que eliminará esta prova de acesso, o secretário-geral do PS criticou um recente de despacho que sujeita os alunos do 4.º ano do Ensino Básico a exame de inglês. "É notável este despacho, sobretudo porque vindo do mesmo Governo que desvalorizou o ensino do inglês logo no Ensino Básico", apontou.

 

Em termos de política global de educação, nas suas duas intervenções, o líder socialista voltou a fazer uma autocrítica, dizendo que pretende "retomar o diálogo com as escolas", porque "não é possível fazer reformas sem mobilizar os agentes educativos".

 

António Costa criticou, também, as sucessivas descontinuidades que são introduzidas no sistema educativo sempre que há uma mudança de orientação política no Governo, contrapondo que, com o PS, "não regressará tudo à estaca zero".

 

Neste contexto, o secretário-geral do PS defendeu a necessidade de conferir "estabilidade" ao corpo docente, sobretudo nos processos anuais de colocação de professores.

 

Antes de António Costa tinha falado no debate o cabeça de lista socialista por Viana do Castelo, Tiago Brandão Rodrigues, investigador e que é apontado nos meios socialistas como um dos candidatos a uma pasta governativa na educação caso o PS forme Governo.

 

O investigador vindo de Cambridge (Reino Unido) defendeu a tese de que a escola pública em Portugal "só não está em causa neste momento devido à resiliência do corpo docente e dos funcionários educativos".

 

Insurgiu-se, também, contra a lógica tecnocrata, que secundariza a área da educação na acção do Governo. "Cada euro investido no conhecimento rende mais juros do que um euro na banca", advogou Tiago Brandão Rodrigues, depois de o membro do Secretariado Nacional do PS Porfírio Silva ter abordado os princípios base da plataforma para a educação do seu partido.

 

"É preciso deixar a escola respirar e investir nos agentes educativos. Aprendemos com a realidade", declarou, também numa espécie de autocrítica à experiência de governos socialistas nesta área.

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