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Costa anuncia obras em 200 escolas até 2019

Numa altura em que os sindicatos dos professores pressionam o Governo, o primeiro-ministro foi ao Parlamento anunciar estabilidade para o corpo docente, obras em mais escolas e menos alunos por turma.

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O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que 200 escolas vão ter obras até ao final da legislatura. Num debate sobre a Educação, o tema escolhido por António Costa, o chefe do Governo prometeu mais qualidade no ensino (com menos alunos por turma já no próximo ano lectivo) e estabilidade no corpo docente. As garantias chegam numa altura em que os sindicatos dos professores têm uma greve marcada para 21 de Junho, dia de exames.

"Cerca de 200 escolas são recuperadas até ao final da legislatura", disse o chefe do Governo, depois de ter anunciado que no próximo ano lectivo será desenvolvido um projecto-piloto de flexibilização pedagógica dos currículos bem como o aumento das vagas do pré-escolar. 

O primeiro-ministro salientou ainda a "estabilidade do corpo docente" e lembrou que "há mais 3000 pessoas vinculadas nas escolas". Costa acrescentou destacou também a importância da "redução do numero de alunos por turma" que arranca no próximo ano lectivo.

Do PSD chegaram críticas quanto aos anúncios feitos pelo primeiro-ministro. Luís Montenegro, o líder parlamentar social-democrata, perguntou qual a normalidade que existe nas escolas. "Normalidade na escola? Quando encerraram escolas por falta de funcionários? Quando há um acréscimo da taxa de abandono escolar?". 

"Estamos ainda muito longe de conjugar a sua conversa com a realidade que as pessoas sentem", atirou Montenegro. 

Bloco e PCP querem mais na Educação

Também o Bloco de Esquerda criticou o anúncio da redução do número de alunos por turma, salientando que ao aplicar-se apenas aos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) será uma parcela muito pequena dos alunos a beneficiar deste alívio. Catarina Martins afirmou que os restantes continuam "em turmas sobrelotadas".

O CDS defendeu que, ao contrário do que o primeiro-ministro tentou mostrar, não existe previsibilidade no sector da Educação. Assunção Cristas, a líder centrista, pediu a Costa garantias de que os exames se realizam apesar da greve. 

Costa disse acreditar que as conversas com os sindicatos terão "sucesso", mas garantiu que se isso não for possível "recorreremos aos serviços mínimos".

Também Jerónimo de Sousa, o secretário-geral do PCP, chamou a atenção para os problemas das escolas, lembrando a precariedade dos professores como um dos temas que mais preocupantes.

Na resposta, Costa lembrou que o Governo pôs em prática uma medida sugerida pelo PCP e que passa pela gratuitidade dos manuais escolares no 1º ciclo. 

O primeiro-ministro afirmou, porém, "daqui a um ano não teremos todos os problemas resolvidos", mas que é preciso continuar a alimentar a esperança das pessoas.   

(Notícia em actualização) 

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