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Alunos dos colégios mantêm os mesmos horários do tempo das aulas presenciais

Os alunos do 1.º ao 12.º ano "vão cumprir o horário completo" que está definido desde o início do ano letivo quando as aulas eram presenciais.

Em Portugal, o Conselho Nacional de Saúde Pública não aconselhou o fecho de todas as escolas.
Bruno Simão
13 de Abril de 2020 às 17:31
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Os alunos dos colégios vão continuar com os horários escolares que tinham antes da pandemia, segundo a associação representativa do setor, os quais acrescentam que os colégios mantêm as mensalidades mas estarão atentos às famílias financeiramente afetadas.

O 3.º período de aulas começa na terça-feira para mais de um milhão de alunos do ensino básico e secundário que regressam à escola através dos ecrãs de computadores, telemóveis e tablets.

Devido à pandemia da covid-19, o Governo mandou suspender as aulas presenciais desde 16 de março, dia em que o ensino se começou a fazer à distância tanto no ensino público como no privado.

Segundo o presidente da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, "durante a pausa letiva [das férias da Páscoa] foi possível rever estratégias e o 3.º período vai agora decorrer com muito mais eficiência".

Os alunos do 1.º ao 12.º ano "vão cumprir o horário completo" que está definido desde o início do ano letivo quando as aulas eram presenciais.

No entanto, há diferenças: algumas aulas serão por videoconferência, enquanto outras serão com trabalhos que os alunos têm de entregar a determinado momento.

"Não podemos ter os alunos durante muitas horas em frente a um computador", explicou Queiroz e Melo em declarações à Lusa.

"É preciso ocupar intelectual e emocionalmente os nossos alunos. Temos de manter um desenvolvimento mentalmente seguro", sublinhou o presidente da AEEP.

Para as crianças mais novas, das creches e pré-escolar, os colégios optaram por um modelo que permite manter as crianças ligadas "aos amigos e às educadoras", mas durante muito menos tempo e com menos tarefas.

"A ideia é que numa altura em que se fala muito em mortes e doenças, as crianças percebam que os seus colegas e educadoras estão todos bem, mantendo algum contacto" através das plataformas digitais, explicou o presidente da AEEP.

Quanto às mensalidades, Queiroz e Melo sublinhou que no ensino obrigatório os valores mantêm-se iguais mas existe uma preocupação e "cuidado com as famílias que sejam financeiramente afetadas pela pandemia".

Na terça-feira recomeçam as aulas dos alunos do 1.º ao 12.º ano de escolaridade, que representam a maioria dos mais de dois milhões de crianças e jovens que estão em casa desde 16 de março, dia decretado pelo Governo para encerrar todos os estabelecimentos de ensino desde creches a universidades e politécnicos.

Poucos dias depois, o Governo decretou o estado de emergência em resposta ao novo coronavirus, cujos primeiros casos confirmados foram registados em Portugal a 02 de março. O país encontra-se em estado de emergência até 17 de abril.

O novo coronavírus que já infetou quase 17 mil pessoas e provocou mais de 500 mortes em Portugal.
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