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Às curvas num mundo plano

Um MBA é um investimento e, como tal, há uma expectativa de retorno. Quem se propõe realizar um MBA investe, à partida, tempo e dinheiro. Pode ser mais ou menos tempo, consoante se trate de um programa full-time ou part-time, e pode ser mais ou menos dinheiro, dependendo das escolas, mas, em qualquer situação, trata-se de uma aposta que envolve duas variáveis de alto impacto na vida de qualquer pessoa.

22 de Março de 2009 às 22:43
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Um MBA é um investimento e, como tal, há uma expectativa de retorno. Quem se propõe realizar um MBA investe, à partida, tempo e dinheiro. Pode ser mais ou menos tempo, consoante se trate de um programa full-time ou part-time, e pode ser mais ou menos dinheiro, dependendo das escolas, mas, em qualquer situação, trata-se de uma aposta que envolve duas variáveis de alto impacto na vida de qualquer pessoa.

A crise que atravessa a economia mundial não deixou as escolas de negócios e os alunos de MBA imunes. Algumas escolas, que enfrentam uma concorrência crescente nos últimos anos, com o aumento da oferta, ressentem-se da menor capacidade financeira de indivíduos e organizações, e os recém-MBAs, por outro lado, experimentam maior dificuldade, não tanto de empregabilidade, mas sobretudo de manter níveis salariais alcançados em anos anteriores.

De acordo com o estudo da TopMBA.com Recruitment & Salary Report 2008, os empregadores europeus ultrapassaram, no ano passado, os congéneres americanos nos salários de entrada pagos a MBAs. As empresas europeias com robustez para recrutar nas 20 melhores escolas do mundo pagaram salários médios anuais de 97,400 dólares versus 89,700 nos Estados Unidos. Na Europa de Leste estes valores descem para 63,200 dólares e na Ásia-Pacífico situam-se nos 71,400 dólares.

Constrangidos por limitações orçamentais, vários empregadores tenderão, considera o estudo, a procurar alternativas em escolas locais com qualidade e prestígio. Este é um campeonato interessante para Portugal numa altura em que várias escolas do país estruturam a sua internacionalização.

Para os MBAs, por outro lado, existe uma mobilidade acrescida, nomeadamente com a procura de recursos qualificados nos mercados emergentes como Rússia, China, Índia e Brasil. Este último país é particularmente interessante para os mestres de gestão portugueses ou com formação nas escolas nacionais, bem como Angola e mesmo Índia.

O mundo é, efectivamente, plano também no mercado do saber, o que não se pode confundir com normalização do ensino. Pelo contrário, as escolas apostam cada vez mais nas suas singularidades, em ofertas diferenciadoras e em programas realmente capazes de acertar o passo com a mudança que se vive no mundo dos negócios. Escolher uma escola, quer para quem recruta, quer para quem procura formação, é por isso hoje um exercício de identificação de oportunidades e de afinidade cultural.

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