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A uma semana do início das aulas Ministério ainda quer saber quantos horários zero existem

A Direcção-Geral de Administração Escolar pediu ontem, 4 de Setembro, aos directores para dizerem se tinham horários para os professores que concorreram ao destacamento por ausência de componente lectiva. Directores queixam-se dos prazos.

05 de Setembro de 2014 às 14:25
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Manuel Pereira estava a jantar, esta quinta-feira, longe da escola quando recebeu uma mensagem a dizer para ir ver urgentemente o seu e-mail institucional. Já eram nove da noite e não tinha como aceder ao e-mail. Decidiu que só o iria ver esta sexta-feira de manhã. Mas entretanto recebeu uma chamada de um colega que o alertou para a importância do e-mail da Direcção-geral da Administração Escolar (DGAE). Acabou por ir à escola e respondeu ao e-mail já depois das 23 horas. A DGAE dava um prazo até às 22 horas para os directores dizerem se afinal tinham horários para os seus professores dos quadros que concorreram ao Destacamento por Ausência de Componente Lectiva, como noticiou o Público pouco depois da meia-noite.

 

"Percebo a bondade de quem entrou em contacto connosco. Era vontade de resolver um problema, mas é uma enorme falta de respeito. É surreal, não faz sentido nenhum", comentou ao Negócios Manuel Pereira que é também o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares.

 

O director explicou que esse e-mail, enviado por volta das 20 horas, dava um prazo até às 22 horas, mas acredita que o Ministério aceitará a informação que enviou a propósito de um docente já depois das 23 horas.

 

Contacto sobre o assunto, fonte oficial do Ministério da Educação explicou que chegaram muitos pedidos de escolas à DGAE "para procederem a uma actualização das ofertas de horários" e como tal, a DGAE achou "oportuno abrir um período temporal para esse efeito". "Simultaneamente, as escolas puderam indicar os professores dos quadros sem componente lectiva, mas que, pelos mais diversos motivos, têm agora um horário", prosseguiu a mesma fonte, em resposta ao Negócios, acrescentando que o período de comunicação "durou até às 11h00 de hoje".

 

"Este procedimento teve em vista possibilitar a atribuição de componente lectiva a mais docentes de carreira, mantendo-os nas escolas de colocação, garantindo-se uma melhor gestão dos recursos humanos existentes nas escolas", completou a mesma fonte.

 

Este aparecimento de novos horários em algumas escolas deve-se a vários factores como um aumento das inscrições de alunos ou permissão da tutela para abertura de mais turmas, bem como à saída do Estado de professores que viram aceite o seu pedido de rescisão no início desta semana, por exemplo.

 

Entretanto, continua-se a aguardar a publicação dos resultados dos concursos de colocação de professores do quadro com horário zero e dos professores com contrato a prazo. O arranque do ano lectivo deverá iniciar-se entre os dias 11 e 15 de Setembro.

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