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WestLB diz que Irlanda e Portugal entraram numa espiral viciosa
Os prémios acrescidos que os investidores estão a exigir para financiarem as Repúblicas irlandesa e portuguesa vão gerar uma "espiral viciosa" que aumenta a probabilidade de entrarem em incumprimento.
09 de Novembro de 2010 às 13:31
Essa é a opinião de John Davies, estratega do banco alemão WestLB em Londres, que chama a atenção para o fardo crescentemente mais pesado associado aos juros da dívida pública.“Quanto mais tempo se mantiverem estes spreads e estas yields, maior é o risco de incumprimento porque simplesmente estes países não conseguem financiar o fardo dos juros, e aí entra-se numa situação de espiral viciosa”, diz em entrevista à agência Bloomberg.
Este movimento de subida representa uma aproximação aos 7% que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, referiu como um nível a que seria plausível uma adesão de Portugal ao fundo de estabilização do euro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, a que já recorreu a Grécia.
O prémio de risco da dívida portuguesa face às obrigações alemãs com a mesma maturidade encontra-se agora em 446 pontos base. Nas maturidades mais curtas os juros da dívida também avançam, com os juros das emissões a cinco anos a progredirem 5,8 pontos para 5,768% e os da emissão a dois anos a avançarem 9,2 pontos para 4,096%.
Tirando a Grécia, na Zona Euro só a Irlanda é que paga uma taxa de juro superior à de Portugal para se financiar. O país que espera reduzir o défice orçamental em seis mil milhões de euros em 2011 para 9,25% do PIB, vê os juros da dívida a 10 anos subirem 3,4 pontos base para 7,893% e o seu prémio de risco face à Alemanha ultrapassa já os 550 pontos.
