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Welteke admite abrandamento na Zona Euro pode agravar-se

A tendência de abrandamento da Zona Euro poderá agravar-se nos próximos tempos, face aos sinais de queda da confiança dos agentes económicos, disse hoje Ernst Welteke, membro do BCE, sugerindo que pode estar para breve uma redução dos juros.

07 de Novembro de 2001 às 12:53
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A tendência de abrandamento da economia da Zona Euro poderá agravar-se nos próximos tempos, face aos sinais de queda da confiança dos agentes económicos, disse hoje Ernst Welteke, presidente do Bundesbank e membro do Banco Central Europeu (BCE), sugerindo que pode estar para breve uma redução das taxas de juro.

«Os últimos indicadores sobre a confiança da Zona Euro apontam para novos decréscimos na actividade económica», considerou Welteke, num discurso sobre a moeda única proferido hoje em Frankfurt.

As declarações deste responsável consolidam as expectativas de descida dos juros por parte do BCE na sua reunião de amanhã, na tentativa de atenuar a perda de ritmo da economia dos países que partilham a moeda única.

Na segunda-feira, o presidente do BCE, Wim Duisenberg, já havia afirmado que a inflação europeia estava a aproximar-se dos valores pretendidos pela autoridade monetária, manifestando-se convicto de que «o Conselho dos Governadores do BCE terá em conta estes factores».

Welteke defendeu hoje que os cortes de taxas realizados este ano pelo BCE, que totalizaram 100 pontos base, colocando a sua taxa directora nos actuais 3,75% ainda não tiveram o impacto previsto na economia.

O mesmo responsável considerou ainda que as expectativas das empresas e dos consumidores são piores do que as actuais condições económicas levariam a crer, sublinhando que as quebras de confiança poderão não ser justificadas pelos próximos desenvolvimentos a nível económico.

«Num cenário favorável, iremos voltar ao velho rumo de crescimento num novo nível, após um curto período» de abrandamento económico», afirmou o responsável máximo do Bundesbank.

A taxa de inflação da Zona Euro abrandou pelo quinto mês consecutivo em Outubro, para os 2,4%, aproximando-se da meta de 2% traçada pelo BCE e facilitando desse modo uma descida dos juros.

A descida dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da redução dos encargos afectos à contracção de empréstimos. No entanto, esse movimento pode provocar também o incremento das pressões inflacionistas, devido ao aumento da procura, o que tem vindo a condicionar as decisões do BCE nesta matéria.

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