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A semana em oito gráficos: Bolsas e petróleo sobem com juros, banca e guerra no radar
As bolsas mundiais tiveram saldos generalizadamente positivos, numa semana volátil com dados importantes do Reino Unido e EUA, o Orçamento de França e os antecipados novos estímulos da China.
Stoxx 600 recupera fôlego
As bolsas tiveram bons desempenhos, em geral, na Europa e EUA. Em Wall Street houve recordes para o S&P e Dow, apesar da maior inflação em setembro. Mira da Fed em novos cortes de juros e boas contas da banca ajudaram. No Velho Continente, o Stoxx 600 registou volatilidade, mas os esperados estímulos adicionais da China à economia deram gás ao índice no final da semana. A exceção às subidas foi a bolsa de Londres, apesar do crescimento do PIB britânico em agosto, depois de dois meses de estagnação.
PSI valoriza na semana
O índice de referência nacional somou 1,64% no acumulado da semana, elevando assim para 5,62% o seu ganho anual. Apesar da pressão das perdas dos pesos-pesados do grupo EDP, o PSI ganhou ânimo com as fortes subidas do BCP. A boa performance da Jerónimo Martins também ajudou.
BCP lidera subidas em Lisboa
O BCP fechou a semana com a maior valorização entre as cotadas do PSI, a disparar mais de 9%. O banco foi o principal catalisador do PSI e na sexta-feira somou 3,51% para 0,4333 euros, atingindo um máximo de maio de 2016. O BCP seguiu os ganhos da banca europeia, animada pelos resultados acima das expectativas de alguns gigantes de Wall Street.
Setor financeiro sustenta Stoxx600
O arranque da divulgação de contas do setor financeiro nos EUA, na sexta-feira, foi dado com bons números do JPMorgan, Wells Fargo e BlackRock, o que animou fortemente as cotadas da banca na Europa. Os cinco títulos que mais subiram no Stoxx600, no acumulado da semana, foram todos do setor financeiro – com o BCP na segunda posição do ranking.
Tesla trava ganhos do S&P500
As empresas ligadas às tecnologias, banca e viagens – sobretudo de cruzeiro –impulsionaram a subida semanal do Standard & Poor’s 500. No entanto, a forte queda da Tesla travou maiores ganhos do índice de referência de Wall Street. A fabricante de veículos elétricos liderada por Elon Musk afundou na sexta-feira, depois de na véspera ter apresentado o há muito esperado robotaxi, mas sem fornecer detalhes sobre o ritmo de produção nem sobre potenciais problemas regulatórios.
Dólar sobe face ao euro, iene e libra
A nota verde esteve a ganhar terreno esta semana, sustentado pelo reforço da convicção de que a Reserva Federal norte-americana não irá proceder, até ao final do ano, a outro corte jumbo (50 pontos base) dos seus juros diretores.
Petróleo sobe mais de 1% em Londres
Os preços do Brent subiram 1,17% esta semana em Londres, sustentados pela escalada de tensões no Médio Oriente – sobretudo pelos receios de que a retaliação de Israel contra o ataque com mísseis do Irão inclua instalações petrolíferas daquele que é um dos maiores produtores mundiais de crude.
Juros disparam nos Estados Unidos
Os juros das dívidas soberanas agravaram-se na Zona Euro e também nos EUA – onde as “yields” das obrigações do Tesouro a 10 anos subiram mais de 10 pontos base para 4,047%. A menor aversão ao risco, que deu máximos históricos a Wall Street, acabou por afastar os investidores da dívida pública, o que agravou os juros.