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Videovigilância para incêndios com autonomia de 12h em caso de falha energética

O Governo "densificou" os requisitos técnicos do sistema a instalar nas florestas. As câmaras devem ter alcance mínimo de 15 km e medir e transmitir indicadores de temperatura, humidade e velocidade e direcção do vento.

Carlos Barroso/CM
António Larguesa alarguesa@negocios.pt 26 de Março de 2018 às 11:00

Os sistemas de videovigilância para a protecção florestal e a detecção de incêndios devem "deter uma autonomia de 12 horas para o caso de falha no fornecimento de energia" e também um "sistema de protecção eléctrica, designadamente a instalação de pára-raios".

 

Estes requisitos sobre a alimentação do sistema fazem parte de um despacho do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que obriga a que as câmaras fixas e portáteis tenham "um alcance de, pelo menos, 15 km e uma amplitude de 360 graus, em ‘full HD’ e com capacidade de zoom óptico (mínimo 15x), controlo remoto das câmaras, com imagem em modo nocturno e modo térmico".

 

Capazes de detectar automaticamente (e de gerar alarmes) em caso de fumo, incêndios e fontes de calor, estes equipamentos devem também integrar uma estação de monitorização meteorológica, com capacidade para medir e transmitir os indicadores de temperatura, humidade relativa, velocidade e direcção do vento.

 

"Sempre que o sistema de comunicações seja suportado por redes móveis 3G/4G, deve existir uma ligação do tipo IoT [Internet of Things], que, em caso de falha da rede móvel do prestador, permita roaming para alguma das redes móveis disponíveis", define o diploma que densifica os requisitos técnicos mínimos nestes equipamentos, publicado em Diário da República esta segunda-feira, 26 de Março.

 

Em matéria de segurança, estes equipamentos devem incluir "mecanismos de prevenção de furto e de actos de vandalismo", enquanto o sistema de controlo deve permitir uma visão agregada de todos estes dados recolhidos no terreno através da videovigilância, como os sinais de alarme, as imagens, as coordenadas geográficas dos eventos detectados e a informação meteorológica.

 

A "consolidação" de uma rede nacional de videovigilância florestal foi um dos objectivos traçados na chamada Estratégia Nacional de Protecção Civil Preventiva, aprovada pelo Governo no final de Outubro, na sequência dos incêndios na zona Norte e Centro do país que mataram 49 pessoas e somaram às 64 vítimas mortais dos fogos de Junho na região de Pedrogão Grande.

 

No sábado, 24 de Março, no final de uma visita à Serra do Castro, no concelho de Viseu, para acompanhar uma acção de limpeza de mato, o Presidente da República avisou que, seja "hoje, daqui a quatro, oito, doze [ou] dezasseis anos", quem quiser ser governo tem de ganhar o combate da floresta. "Quem achar o contrário é porque não tenciona ser Governo tão depressa", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

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