Na zona da Grande Lisboa, o valor médio das habitações avaliadas pelos bancos, no âmbito da concessão de crédito para aquisição das mesmas, foi 32,4% acima da média nacional no segundo trimestre do ano, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, na zona da Grande Lisboa, «quer os apartamentos quer as moradias têm os valores mais elevados, situando-se em média nos 1.397 e 1.476 euros (280 e 296 contos), respectivamente» por m2.

Estes números comparam com a média de 1.042 euros (209 contos) por m2 observada no conjunto de Portugal Continental, segundo a mesma fonte.

Nos apartamentos da Grande Lisboa, as avaliações foram 24,8% mais caras que a média nacional para este tipo de habitação, enquanto nas moradias essa percentagem elevou-se para os 69,7%, de acordo com os dados disponibilizados pelo INE.

Na zona mais abrangente de Lisboa e Vale do Tejo, as avaliações apontaram em média para o valor de 1.237 euros (248 contos) por m2, cerca de 18% acima da média de 1.042 euros (209 contos) em Portugal Continental.

Face ao primeiro trimestre do ano, a média global das avaliações em Portugal apresentou um acréscimo de 3,4% face aos 1.008 euros (202 contos) registados nesse período, de acordo com a mesma fonte.

O Algarve foi a segunda região com os valores de avaliação mais elevados, atrás de Lisboa e Vale do Tejo, com a média a apontar para a avaliação dos alojamentos na ordem dos 1.120 euros (225 contos) por m2.

Seguiram-se a região Norte, com um valor médio de avaliação de 913 euros (183 contos) por m2, e do Alentejo, em que a média se cifrou nos 893 euros (179 contos). A região Centro foi aquela onde se verificou a média mais baixa, de 863 euros (173 contos) por m2.

Em termos gerais, as habitações com o valor de avaliação mais elevado foram os apartamentos, com o valor médio de 1.117 euros (224 contos) por m2 em Portugal Continental, o equivalente a um incremento de 4,2% em termos trimestrais.

O valor médio de avaliação nas moradias foi de 868 euros (174 contos) por m2, com este valor a ser 23% abaixo do verificado nos apartamentos, mas a registar um aumento de 4,2% face ao trimestre precedente.

Manutenção e reparação de habitações 3,2% mais cara no primeiro semestre

Segundo o INE, no primeiro semestre deste ano, os preços de manutenção e reparação regular da habitação aumentaram em média 3,2%. Em Junho, a variação média daquela classe de despesa cresceu 4,9%, em termos de média dos últimos 12 meses, o valor mais elevado desde 1997.

Ainda segundo o INE, em Janeiro deste ano a taxa de crescimento dos custos de construção de habitação situava-se nos 4,6%, em termos médios nos 12 meses que decorreram até aquela data.