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União Europeia vai pressionar OPEP para aumentar a produção

A União Europeia vai pressionar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na próxima semana no sentido de esta aumentar a produção para prevenir que a alta do petróleo prejudique a economia europeia, ainda mais.

03 de Junho de 2005 às 11:16
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A União Europeia vai pressionar a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na próxima semana no sentido de esta aumentar a produção para prevenir que a alta do petróleo prejudique a economia europeia, ainda mais.

Para além disso, vai também procurar ajudar as empresas de Energia, nomeadamente a BP, a aumentarem os investimentos nos países produtores de petróleo quando os 25 países membros da União se encontrarem pela primeira vez com a OPEP no dia 9 de Junho, avançou o comissário da Energia europeu Andris Piebalgs, citado pela Bloomberg.

Segundo o mesmo responsável, «é importante que a OPEP esteja pronta para aumentar os seus fornecimentos no mercado e que aumente a sua capacidade de produção» explicando que «isso é uma das mensagens que queremos transmitir».

A Europa pretende aprofundar os laços com os fornecedores estrangeiros depois do preço do petróleo ter aumentado para cima dos 50 dólares por barril levando os economistas a reduzirem as previsões de crescimento económico na Europa. O investimento ocidental poderá ajudar a OPEP, que fornece cerca de 40% do petróleo a nível mundial e está a produzir perto da sua capacidade, a adicionar os seus recursos.

Os preços recorde do petróleo levaram a Comissão Europeia, em Abril, a reduzir as previsões de crescimento económico europeu para este ano para 1,6% contra os 2% anteriormente esperados. A OCDE também reviu em baixa no mês passado as suas estimativas de 1,9% para 1,2%

A reunião da União Europeia com os países da OPEP tem lugar seis dias antes da organização decidir se vai aumentar, reduzir ou manter a produção. O ministro do petróleo da Venezuela, Rafael Ramirez disse, em Maio, que estava a ser considerado um corte para prevenir um «colapso» nos preços do petróleo. O ministro do petróleo da Arábia Saudita, Ali al-nami disse, por outro lado, que «não temos planos para reduzir a produção».

«A maioria dos países com quem eu falei foi bastante razoável e nenhum mencionou a possibilidade de reduzir a produção», disse Piebalgs acrescentando que «isso seria contra a lógica do desenvolvimento do mercado».

Petróleo deve subir na próxima semana com consumo a aumentar mais depressa que produção

O petróleo segue hoje a subir, em torno dos 53 dólares por barril quer em Nova Iorque quer em Londres, depois de ontem ter caído pela primeira vez em oito sessões com uma subida dos inventários do crude nos EUA acima do esperado.

O crude subia 0,22% para os 53,75 dólares enquanto o «brent», negociado em Londres, avançava 0,42% para os 52,62 dólares.

Os analistas consultados pela agência noticiosa norte-americana acreditam que a matéria-prima tende mais a subir do que a cair na próxima semana na especulação de que o consumo de combustíveis no segundo semestre do ano vai aumentar mais rapidamente do que a produção.

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