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UGT diz referencial para inflação em 2002 é «quase impossível» (act.)

A UGT defende que o referencial de 2,8% para a inflação apresentado pelo Governo é «quase impossível» de ser atingido, afirmou hoje João Proença. O responsável adiantou que o Governo garante não existir um tecto máximo de 3% para aumentos.

16 de Outubro de 2001 às 13:02
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A União Geral de Trabalhadores (UGT) defende que o referencial de 2,8% para a inflação apresentada pelo Governo na proposta de Orçamento de Estado é «quase impossível» de ser atingido, afirmou hoje João Proença, secretário-geral da UGT. O responsável adiantou que o Governo garante não existir um tecto máximo de 3% para aumentos salariais.

«Achamos que 2,8% como referencial de inflação é uma meta quase impossível», defendeu João Proença, após uma reunião com o primeiro-ministro, António Guterres.

O responsável da UGT referiu que «não queremos que se repitam outras situação como no passado», em que foram negociados aumentos salariais com base em previsões para o aumento dos preços que não se cumpriram.

Segundo a proposta de Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano, que foi entregue ontem pelo Governo na Assembleia da República (AR), o Executivo prevê uma inflação entre os 2,5% e os 3%, com o número referido por João Proença a resultar da média entre os dois limites deste intervalo (2,75%), arredondada para cima.

O mesmo responsável disse que «recebemos a garantia do primeiro-ministro de que não existe um limite de 3% para os aumentos salariais», considerando que esse valor seria «claramente inaceitável».

João Proença adiantou que a questão dos aumentos salariais para o próximo ano passa agora pela «negociação entre as partes».

O responsável daquela central sindical disse, referindo-se à negociação salarial, que «seria insustentável se o salário mínimo tivesse um aumento inferior ao do ano passado», sublinhando ainda que também as pensões «não podem ser prejudicadas pelo (facto do) défice orçamental» ser superior ao inicialmente previsto.

De acordo com os dados avançados ontem pelo Governo, o défice orçamental para o próximo ano deverá cifrar-se em 1,3% do produto interno bruto (PIB), face aos 0,7% inicialmente estimados.

Referindo-se à proposta de OE do Governo, João Proença defendeu que o documento «não trata devidamente a questão do IRS» e que os trabalhadores por conta de outrém «vão sair prejudicados», caso a proposta do Executivo seja aprovada.

O primeiro-ministro tinha marcada para hoje à tarde uma reunião com a CGTP, mas a mesma não se irá realizar por dificuldades relacionadas com a agenda desta central sindical, segundo adiantou fonte do gabinete de António Guterres.

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