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UGT pede números exactos sobre reformas antecipadas

A UGT pediu "números exatos" sobre o número de trabalhadores abrangidos pelo novo regime das reformas antecipadas e sobre o impacto orçamental do regime para avaliar se tem "condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".

A UGT lamentou a morte do antigo Presidente da República Mário Soares, considerando que Portugal e o regime democrático perderam 'o patriarca da actual democracia'. 'Portugal e o regime democrático como hoje o conhecemos perderam o seu impulsionador. Mário Soares foi, sem dúvida, o patriarca da actual democracia e uma das mais importantes figuras políticas em Portugal e na Europa', afirmou a UGT, em comunicado. A central sindical evidencia, na nota divulgada, que Mário Soares foi um dos grandes impulsionadores da criação da UGT 'como resposta aos valores que sempre defendeu -- pluralismo, contrário às teses da unicidade sindical e do discurso e pensamentos únicos'.
'Lembramos com honra e saudades as suas visitas às antigas sedes da UGT e os seus variados apoios às posições da central sindical na defesa do diálogo social e da concertação', refere a UGT.
A estrutura sindical termina, manifestando as suas condolências à família, em particular aos filhos e netos de Soares, e ao Partido Socialista, do qual Mário Soares foi um dos principais fundadores e o primeiro secretário-geral.
04 de Maio de 2017 às 22:47
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Carlos Silva, o líder da UGT, afirmou hoje aos jornalistas, após a reunião com os restantes parceiros sociais e com o Governo para discutir o novo regime das reformas antecipadas, que o Governo "só hoje distribuiu em mãos um documento relativamente extenso" sobre esta matéria, em que apresenta as condições para alterar o regime sem "fazer perigar a sustentabilidade da Segurança Social".

 

Sublinhando que o Governo "não fez o levantamento exaustivo" sobre "qual é o universo de trabalhadores e quanto é que custa" as novas regras de acesso às reformas antecipadas, Carlos Silva disse que o Executivo vai "fazer uma estimativa que será apresentada na próxima reunião", que deverá ocorrer a 16 de Maio.

 

No entanto, o líder da UGT acrescentou que, segundo o Governo, o objectivo da organização sindical de permitir a reforma antecipada aos trabalhadores com 60 anos de idade e 40 de contribuições "estoirava o orçamento da Segurança Social e a curto prazo", na medida em que "custaria centenas de milhões de euros" e "no curto prazo".

 

Face a esta realidade, Carlos Silva entende que é preciso agora "ver quanto é que isto custa" para depois a UGT poder avaliar "se tem condições para fazer uma aproximação à proposta do Governo".

 

O sindicalista considerou que a documentação hoje entregue pelo Ministério do Trabalho é "muito técnica" e disse que "os parceiros queixaram-se disso", defendendo que "acaba por ser um pouco redutor estar com um documento desta dimensão e com este enquadramento excessivamente técnico a discutir [soluções] do ponto de vista político".

 

Carlos Silva adiantou ainda que "números exatos em relação ao universo e a quanto é que custa só [deverão ser disponibilizados] na próxima reunião" e que os parceiros sociais terão agora "até quinta-feira" para "fazer chegar ao Governo um comentário a este documento e, naturalmente, contributos".

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