Após ter congelado os bens e proibido a concessão de vistos a 26 responsáveis líbios, a UE está a preparar novas sanções contra a Líbia, referiram hoje responsáveis diplomáticos.

No total, cinco entidades são afectadas por este novo pacote de sanções e que será aprovado na terça-feira por consenso caso não existam objecções dos 27 Estados-membros da União, referiram as mesmas fontes, citadas pela agência France Presse, refere a Lusa.

Apesar de admitir a complexidade do processo de adopção formal das novas sanções, um dos diplomatas considerou que deverão entrar em vigor "o mais tardar na quinta-feira e, em qualquer caso, a tempo da cimeira" dos dirigentes europeus prevista para sexta-feira em Bruxelas.

A LIA é um fundo soberano do governo de Tripoli responsável pela gestão dos rendimentos petrolíferos do país. Na semana passada 3,27% da fatia detida pela LIA no grupo editorial britânico Pearson, avaliada em mais de 300 milhões de euros, tinha já sido congelada pelo governo de Londres.

Ao beneficiar dos rendimentos do petróleo, a LIA optou pela participação em grandes empresas europeias, e detém por exemplo 2,5% do banco italiano UniCredit, além de investimentos no grupo italiano de aeronáutica e defesa Finmeccanica.

No final de Fevereiro, a UE adoptou um embargo às armas e materiais que possam ser utilizados na repressão, e ainda o congelamento de bens do líder líbio Muammar Kadhafi (na foto) e de 25 outros responsáveis líbios.