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Turistas salvam "saldos de crise"

Vinte anos depois das chamas, as cinzas. Que é como quem diz, as memórias dos saldos na Baixa. A crise acalmou a febre de consumo. Resta o entusiasmo de quem chega para visitar Lisboa e acaba por levar o saco cheio.

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Vinte anos depois das chamas, as cinzas. Que é como quem diz, as memórias dos saldos na Baixa. A crise acalmou a febre de consumo. Resta o entusiasmo de quem chega para visitar Lisboa e acaba por levar o saco cheio.



"Esta portuguesa que saiu comprou-me dois pares de sapatinhos. É uma lança em África", brinca Benigno Linares. No número 42 da Rua Garrett moram vestígios de outros tempos. Sob os recortes do tecto em pladur, o proprietário da sapataria Orion recorda velhos saldos: aqueles em que "ficava o dia todo atrás do balcão só a meter para a caixa". Hoje, vende artigos "30% abaixo do preço de custo" e confessa que se não fossem os turistas já tinha fechado a porta.



Quem vê o movimento não advinha a dimensão da crise. Parece que Lisboa saiu à rua para recordar o Chiado de outras horas. Faz hoje [ontem] 20 anos que as chamas destruíram o coração da cidade. A loja da família de Benigno Linares resistiu. E com o número 42 foi sobrevivendo o negócio. De 1926 a 2008 já lá vão quatro gerações e centenas de épocas de saldos. "Antes andávamos de tanga, agora nem tanga temos", resume o herdeiro da Orion. Indiferentes à azáfama do início de tarde, os números pintam o cenário.







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