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Trump dá mais 54 mil milhões ao Pentágono e corta 30% no Departamento de Estado

Começam já a ser conhecidos alguns pormenores da proposta de orçamento que o presidente norte-americano Donald Trump vai enviar para os departamentos federais do país.

Reuters
27 de Fevereiro de 2017 às 16:16
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A Casa Branca vai enviar esta segunda-feira uma proposta de orçamento para os departamentos federais, onde consta o prometido aumento de Trump nos gastos com a defesa, financiado em parte através de cortes no dinheiro destinado ao Departamento de Estado, Agência de Protecção Ambiental e outros programas não ligados à Defesa, avançou a Reuters citando duas fontes conhecedoras da proposta.

 

Segundo as informações que a agência noticiosa obteve, Trump atribuirá mais 54 mil milhões de dólares ao Pentágono nesta sua primeira proposta de orçamento, e cortará na mesma proporção os gastos destinados às áreas que não se inserem na Defesa.

 

O presidente, de acordo com uma das fontes, deixará que seja o Departamento da Defesa a decidir onde deve gastar este dinheiro extra.

 

O orçamento do Departamento de Estado será reduzido, nos termos desta proposta, em 30% - o que obrigará a uma vasta reestruturação daquele departamento e a eliminação de programas, salientou uma outra fonte, que trabalha no Serviço de Gestão e Orçamento.

 

Na passada sexta-feira, num discurso perante activistas conservadores, Trump prometeu "um dos maiores reforços, no domínio militar norte-americano, da história da América".

 

Alguns especialistas em Defesa têm questionado a necessidade de um substancial aumento dos gastos a nível militar, uma vez que esse departamento já conta com 600 mil milhões de dólares por ano – ao passo que o país destina anualmente cerca de 50 mil milhões de dólares ao Departamento de Estado e ajuda externa, refere a Reuters.

 

Além da proposta de orçamento que Trump está hoje a enviar aos vários departamentos federais, os mercados aguardam pelo discurso do presidente norte-americano amanhã no Congresso, esperando-se que fale sobre os seus planos para a reforma fiscal e para os cuidados de saúde, bem como em matéria de gastos em infra-estruturas.

 

Para os mercados financeiros, o discurso de Trump amanhã assume a importância de um discurso do Estado da União, sublinha a Bloomberg. Com efeito, apesar de não ser considerado um discurso sobre o Estado da União, uma vez que recai no seu primeiro ano de mandato, o discurso inicial junto do Congresso não deixa de ser menos importante para os presidentes na era moderna, acrescenta a agência.

 

Esta semana fará três semanas que Donald Trump prometeu um "plano fenomenal" para a reforma fiscal. Na quinta-feira passada, o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, veio dizer que quer ver aprovada, até Agosto próximo, uma reforma fiscal "muito significativa", reforçando assim a mensagem do presidente.

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