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Escolha de Trump para a Marinha desiste do cargo

É a segunda vez que um escolhido pelo Presidente abandona o processo de nomeação. Motivo: conflito de interesses.

Se os últimos dias de Obama foram marcados por uma crescente tensão com Moscovo, os primeiros de Trump vieram confirmar o desejo de uma aproximação. Um dos primeiros telefonemas oficiais, no final de Janeiro, foi para o Kremlin. A conversa com Putin versou sobre o combate ao terrorismo. A proximidade tem suscitado polémica, que remonta ao período da campanha. O primeiro director, Paul Manafort, demitiu-se após a notícia de ligações a Moscovo. Os contactos com a Rússia provocaram a queda do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, e no domingo surgiram notícias que envolvem outras figuras próximas do Presidente. Na Europa, teme-se que Trump ponha fim, unilateralmente, às sanções decretadas após o apoio militar da Rússia aos rebeldes  na Ucrânia.
reuters
Negócios 27 de Fevereiro de 2017 às 11:04
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Philip Bilden, o nome escolhido por Donald Trump para secretário da Marinha, retirou-se do processo de nomeação neste domingo. É a segunda vez que um candidato do Presidente a um alto cargo da Administração norte-americana se vê forçado a abortar o seu processo de nomeação alegando conflito de interesses.


Numa declaração escrita, Bilden diz que "após um extenso processo de análise, concluí que não serei capaz de satisfazer os requisitos do Departamento de Ética Governamental sem proceder a uma ruptura e a desinvestimentos materialmente adversos aos interesses financeiros privados da minha família". O antigo oficial dos serviços de inteligência do Exército, geria até agora um fundo de "private equity".

 

A retirada de Philip Bilden deixa Trump e o secretário da Defesa Jim Mattis sem nomeados para chefiar a Marinha e o Exército. Vincent Viola, que o presidente tinha escolhido para ser secretário do Exército, retirou-se no início deste mês do processo de nomeação, alegando que dificilmente conseguiria passar com sucesso pelas regras do Departamento da Defesa, devido aos negócios da sua família, que culminariam certamente em conflitos de interesses com o cargo que iria assumir.

Embora mostrando compreensão pela decisão de Bilden, Jim Mattis já se mostrou desapontado com mais esta contrariedade. No entanto, prometeu que "nos próximos dias [vai] fazer uma recomendação" a Trump para as lideranças do Exército e da Marinha, de forma a "executar a visão do presidente de reconstruir as forças militares" do país.

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