Notícia
Porta-voz diz que Trump quer aumento do tecto da dívida concluído até Agosto
Um porta-voz da Casa Branca garante que a intenção do presidente americano passa por ter concluído até Agosto o aumento do tecto da dívida. Porém falta conhecer em detalhe as intenções da administração.
Uma fonte da Casa Branca, citada pela Bloomberg, garante que Donald Trump quer ter aprovada, o mais tardar até Agosto, a legislação para aumentar o tecto da dívida dos Estados Unidos, antes de os congressistas americanos entrarem de férias.
O director da Casa Branca para os assuntos legislativos, Marc Short, garantiu, esta segunda-feira, aos jornalistas que "estamos a tentar [aprovar o aumento do tecto da dívida] antes de [o Congresso] suspender a actividade para as férias de Agosto".
Uma vez mais o presidente dos Estados Unidos, desta feita Donald Trump, vê-se a braços com a necessidade de elevar o tecto da dívida para evitar um incumprimento no pagamento da dívida pública, algo sem precedentes no país.
Contudo, os elementos da administração americana têm dado indicações contraditórias quanto às medidas que devem acompanhar a legislação para o aumento do tecto da dívida.
Enquanto o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, quer apenas uma espécie de projecto de lei "em branco" que lhe permita não ter de ficar obrigado a nenhum tipo de medida compensatória, o principal conselheiro de Trump para a área económica, Gary Cohn e o director para o Orçamento, Mick Mulvaney, admitem a possibilidade de fazer cortes na despesa orçamental em troca do apoio do Congresso norte-americano.
No entender de Marc Short, mais importante do que a forma é a necessidade, pelo que o director para os assuntos legislativos a prioridade é acima de tudo garantir que o Congresso aprove o aumento do limite da dívida antes de Agosto. O dia 28 de Julho está agendado como o último de trabalhos antes de os congressistas iniciarem um período de descanso de cinco semanas.
Casa Branca espera aprovar reforma de saúde no Verão e fiscal no Outono
A Casa Branca também espera que o Congresso aprove no Verão a reforma do sistema de saúde, impulsionada pelo presidente, para substituir o "Obamacare", e valide a reforma fiscal no outono.
Em conferência de imprensa, Marc Short reconheceu que custa aos republicanos dar prioridade às duas reformas em causa devido à abertura das investigações relacionadas com a Rússia.
"Não há dúvida que manter os congressistas concentrados nas investigações afecta a nossa agenda legislativa", afirmou.
Não obstante, Marc Short afirmou que a Casa Branca espera que o Senado dê 'luz verde' à reforma do sistema de saúde antes da paragem de Agosto.
A reforma, aprovada pela Câmara dos Representantes, no início de Maio, após várias semanas de negociação na bancada republicana e duas tentativas falhadas, visa revogar e substituir a emblemática lei do anterior presidente norte-americano, Barack Obama.
A Casa Branca também tem nos seus planos apresentar a reforma fiscal ao Congresso depois de 4 de Setembro, Dia do Trabalhador nos Estados Unidos ("Labor Day"), segundo confirmou o mesmo responsável.