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Orçamento de Trump com cortes drásticos na ajuda dos EUA ao estrangeiro

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai propor cortes drásticos na ajuda do país ao estrangeiro e a programas ambientais no seu primeiro orçamento, que dá particular peso à Defesa e que será divulgado hoje.

Uma das mudanças mais significativas de rumo na política americana trazidas por Donald Trump e os seus ideólogos é o regresso do proteccionismo económico. O novo Presidente dos EUA quer renegociar o Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA, na sigla inglesa) e já assinou um decreto a pôr fim às negociações para a Parceria Transpacífica com os países asiáticos. Na calha estão também novos impostos sobre as importações e uma descida da taxação para apoiar os exportadores a enfrentarem o dólar forte. Há ainda a ameaça de uma guerra comercial com a China.
reuters
16 de Março de 2017 às 07:40
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Num plano que pretende reflectir as promessas de campanha, o líder republicano vai propor um corte de 28% no financiamento ao Departamento de Estado.

 

O corte é tido como um prenúncio de fortes reduções na ajuda ao estrangeiro e no financiamento das agências da ONU, que terão efeitos colaterais em todo o mundo.

 

O Pentágono será o grande vencedor, com um aumento de quase 10%, que resulta em mais fundos ao orçamento da Defesa que já é maior que o dos sete maiores países seguintes juntos.

 

Separadamente, cerca de quatro mil milhões de dólares serão destinados este ano e no próximo para começar a construir o muro na fronteira com o México.

 

A promessa de construção de um muro fronteiriço com o México é uma das mais polémicas de Trump, que insiste que o país vizinho vai reembolsar os Estados Unidos pela obra.

 

O custo estimado do muro tem vindo a crescer progressivamente desde os cerca de 8.000 milhões de dólares calculados inicialmente por Trump até aos 21.600 milhões, segundo os últimos cálculos do Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla inglesa) que já reconheceu que vão ser pagos com dinheiro aprovado pelo Congresso.

 

De acordo com documentos do DHS, prevê-se que a construção do muro com o México seja iniciada nas zonas fronteiriças de El Paso (Texas), Tucson (Arizona) e El Centro (Califórnia). Estes pontos fazem fronteira com as cidades mexicanas de Ciudad Juárez (Chihuahua), Nogales (Sonora) e Mexicali (Baixa Califórnia), respectivamente.

 

Trump quer também privatizar as operações de controlo de tráfego aéreo do país. A proposta de orçamento indica que retirar as operações da Administração Federal de Aviação e colocá-las numa "organização independente, não-governamental" tornará o sistema "mais eficiente e inovador, mantendo a segurança".

 

A proposta de Trump abrange apenas uma fracção do orçamento federal de 3,8 biliões de dólares, dominado pela saúde, pensões e outros custos.

 

O texto será revisto e refeito pelo Congresso antes de um orçamento completo ser divulgado em Maio.

 

Nesse sentido, este plano assume-se mais como uma afirmação política do que um programa fiscal.

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