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Trump começa a ser julgado a 4 de março pela tentativa de interferir nas eleições

Julgamento está marcado para março de 2024, na altura em que Trump estará a disputar a nomeação republicana para a candidatura à Casa Branca.

28 de Agosto de 2023 às 17:10
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A juíza federal Tanya Chutkan anunciou esta segunda-feira que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump começa a ser julgado a 4 de março de 2024 pela suspeita de ter tentado interferir com o resultado das presidenciais de 2020, que deram a vitória a Joe Biden.

O início do julgamento acontece na véspera da Super Terça-feira das primárias - que Trump vai disputar com os restantes candidatos republicanos. Neste momento, é o favorito à nomeação presidencial dos republicanos para as eleições de 2024.

"A população tem direito a uma resolução rápida e eficiente desta matéria", defendeu a juíza na sua decisão.

Com a marcação desta data, Donald Trump terá de enfrentar, pelo menos, três processos criminais diferentes no ano em que disputa a corrida à Casa Branca. Está ainda pendente a marcação das datas para um quarto julgamento, na Geórgia.

Os advogados do ex-presidente tinham pedido que o julgamento começasse apenas em abril de 2026, argumentando que precisavam de tempo para ler as 12,8 milhões de páginas de provas que o governo anexou no processo. Isto faria com que o julgamento acontecesse muito depois das presidenciais de novembro do próximo ano.

Antes deste julgamento, Trump vai estar a 25 de março, em Nova Iorque, para o caso em que está acusado de ter pagado a uma estrela de filmes pornográficos com dinheiro da campanha. Depois, a 20 de maio, vai começar o julgamento relativo aos documentos classificados que manteve ilegalmente na sua casa privada, já depois de ter deixado o cargo de presidente dos EUA. Está acusado ainda de obstrução à justiça.

"O senhor Trump terá de fazer com que as datas de julgamento funcionem, independentemente da sua agenda", afirmou a juíza.

O magnata não esteve esta segunda-feira em tribunal e foi alertado pela juíza de que deveria abster-se de publicar comentários inflamatórios sobre testemunhas ou outras pessoas envolvidas no caso. Trump escreveu online que Tanya Chutkan tinha preconceitos contra si.

Para Donald Trump todos os casos judiciais em que está envolvido não são mais do que ataques políticos, com a intenção de o impedir de voltar à presidência.
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