Notícia
Trump ameaça retirar os EUA da Organização Mundial do Comércio
Numa entrevista à Bloomberg, o presidente dos Estados Unidos ameaçou deixar esta organização se ela não "melhorar" e parar de tratar mal o país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou esta quinta-feira, 30 de Agosto, retirar o país da Organização Mundial do Comércio se o organismo não melhorar e continuar a tratar mal a maior economia do mundo.
"Se eles não melhorarem, vou sair da Organização Mundial do Comércio", afirmou Donald Trump numa entrevista exclusiva à Bloomberg realizada na Casa Branca.
Já no mês passado o presidente norte-americano havia dito que os Estados Unidos estão em grande desvantagem por terem sido tratados "muito mal" pela OMC durante muitos anos e que este organismo, com sede em Genebra, precisa de "mudar os seus hábitos".
O representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, afirmou, por seu lado, que permitir a entrada da China na OMC em 2001 foi um erro. Há muito que o responsável apela a uma abordagem mais agressiva por parte dos EUA em relação a esta organização, argumentando que a OMC é incapaz de lidar com uma economia que não seja de mercado, como a China.
Na mesma entrevista, o presidente dos Estados Unidos garantiu que não se arrepende de ter designado Jerome Powell para o cargo de presidente da Fed, apesar de ter criticado recentemente a actuação da autoridade monetária e a sua política de normalização dos juros. Numa entrevista à Reuters, disse mesmo não estar "fascinado" com as decisões do banco central, que deveria, na sua opinião, ajudar a estimular o crescimento da economia.
"Pus um homem ali que gosto e respeito", sublinhou Trump. "Não estamos a ser acomodados. Não gosto disso", acrescentou. "Dito isto, não tenho a certeza que a moeda deva ser controlada por um político".
À Bloomberg, Donald Trump disse ainda que está a considerar indexar as mais-valias à inflação, uma mudança que significaria uma redução dos impostos para os investidores. "Estou a pensar nisso", afirmou o presidente dos Estados Unidos.
Essa alteração reduziria os impostos a pagar pelos investidores sobre as mais-valias realizadas na venda de activos, como acções, na medida em que ajustaria o preço de compra original à inflação.