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Trichet indica nova subida de juros em Junho (act.)

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, disse que a autoridade pode aumentar a taxa de juro já em Junho devido aos dados da expansão económica, dos preços do petróleo e da procura de crédito, factores que estão a impulsionar a in

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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean Claude Trichet, disse que a autoridade pode aumentar a taxa de juro já em Junho devido aos dados da expansão económica, dos preços do petróleo e da procura de crédito, factores que estão a impulsionar a inflação.

O responsável afirmou hoje que é necessário manter a «vigilância» em relação à inflação na Zona Euro, discurso que o mercado interpretou como um sinal de que os juros vão voltar a subir em Junho.

«Se o nosso cenário se confirmar, é claro que uma futura diminuição da acomodação monetária vai ser assegurada», leia-se subida nas taxas de juro, afirmou Jean-Claude Trichet.

Nas intervenções que precederam as duas últimas subidas das taxas de juro o presidente do BCE utilizou igualmente um discurso em que enfatizou a necessidade de «vigilância» para assegurar a estabilidade dos preços.

Esta tarde, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião mensal do conselho de governadores do BCE, em que foi decidida a manutenção dos juros nos 2,5%, Trichet voltou a dizer que a evolução dos preços será seguida com atenção.

«O conselho vai exercer uma forte vigilância de forma a assegurar que os riscos que ameaçam a estabilidade dos preços a médio prazo não se materializem», afirmou.

Entre os riscos que poderão afectar os preços na Zona Euro, Trichet destacou a evolução das cotações do petróleo, sobretudo se o impacto nos preços finais for mais elevado.

«Recentemente os preços do petróleo demonstraram uma volatilidade elevada e o seu potencial para abrandar o crescimento. Isto justifica a necessidade de uma maior transparência no mercado petrolífero», disse o presidente do BCE.

A estimativa de novas subidas dos juros foi reforçada pelas previsões de Trichet de que a inflação vai permanecer acima dos 2%. «A curto prazo a inflação anual deverá ficar acima dos 2%, com a evolução mensal a estar largamente dependente dos desenvolvimentos nos preços do petróleo e o impacto desses valores nos preços de outros bens», afirmou.

Os analistas consultados pela Reuters consideram que as declarações do presidente da autoridade monetária não são surpreendentes e que o BCE deverá mesmo aumentar a taxa de juro de referência para a Zona Euro no próximo mês.

«Está obviamente a preparar [o mercado] para uma subida de juros em Junho», afirmou Marco Kramer, analista da HVB, citado pela Reuters.

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