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Teresa de Sousa e Ana Ventura Miranda vencem Prémio Dona Antónia

Teresa de Sousa, jornalista do "Público", e Ana Ventura Miranda, fundadora e directora do Arte Institute de Nova Iorque, ganharam a 27.ª edição do Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira, galardão que distingue mulheres portuguesas com alma de "Ferreirinha".

08 de Julho de 2015 às 19:00
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A homenagem a uma carreira ao serviço do Jornalismo e um estímulo a iniciativa jovem de interesse nacional. A jornalista do "Público" Teresa de Sousa e a promotora cultural Ana Ventura Miranda, fundadora e directora do Arte Institute de Nova Iorque, receberam hoje, 8 de Julho, nas Caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia, o Prémio Dona Antónia Adelaide Ferreira.   

 

Pelo segundo ano consecutivo, os promotores deste galardão, a Sogrape Vinhos e os herdeiros de Dona Antóniadecidiram atribuir dois prémios – o de Revelação, que visa "servir de estímulo a uma iniciativa ou empreendimento de interesse público com relevância nacional em fase de lançamento ou desenvolvimento", foi entregue a uma mulher que iniciou a sua carreira como actriz, foi jornalista e é promotora cultural nos Estados Unidos.

 

Ana Ventura Miranda mudou-se para Nova Iorque em 2006, onde trabalhou como jornalista para a televisão portuguesa, mantendo a sua ligação com a comunidade artística da cidade e evoluindo enquanto produtora e realizadora. 

 

Em 2011, fundou em Nova Iorque o Arte Institute, um instituto independente, sem fins lucrativos, para a internacionalização da arte contemporânea portuguesa, que tem sido responsável pela organização de diversos eventos culturais nos Estados Unidos, Portugal, Brasil, Reino Unido, Angola e França.

 

Por ter ganho o Prémio Dona Antónia, Ana Ventura Miranda vai receber cinco mil euros em dinheiro e ainda ver atribuído um donativo a um projecto com que se identifique. Assim, o Arte Institute beneficiará de 50 cêntimos por cada garrafa vendida da gama Reserva Dona Antónia de Porto Ferreira, nos meses de Agosto e Setembro próximos, "ajudando assim este instituto independente a atingir os seus objectivos de promoção internacional da arte e cultura portuguesa".

 

Já o principal galardão do Prémio Dona Antónia foi atribuído a Teresa de Sousa, que saiu do semanário "Expresso" para integrar, em 1990, a equipa fundadora do diário "Público", onde é actualmente redactora principal, "distinguindo-se como especialista em política internacional e particularmente em assuntos europeus, com trabalhos que muito têm contribuído para a análise e debate das questões mais sensíveis no quadro comunitário".

 

De acordo com os promotores desta iniciativa, a atribuição a Teresa de Sousa do Prémio Consagração de Carreira "constitui uma homenagem a uma obra realizada e merecedora de inequívoco reconhecimento público".

 

O Prémio Dona Antónia visa distinguir, anualmente, "figuras femininas portuguesas que, devido às suas características humanas e capacidades de empreendedorismo, tenham replicado de alguma forma o excepcional exemplo de Dona Antónia nos tempos de hoje, nomeadamente através do contributo para o desenvolvimento económico, social e cultural do País".

 

Em 27 anos, foram distinguidas, entre outras mulheres, Maria Barroso (que faleceu esta semana), Leonor Beleza, Vera Nobre da Costa, Isabel Jonet e Joana Carneiro.

 

Dona Antónia Adelaide Ferreira, que assumiu a liderança dos negócios familiares no cultivo da vinha e na produção de vinho do Porto, após ter ficado viúva aos 33 anos, é considerada "personalidade fundamental no desenvolvimento da Ferreira, a única das grandes casas de vinho do Porto que se manteve fiel em mãos portuguesas desde que foi fundada, em 1751, pelos Ferreiras da Régua".

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