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Ao minuto27.11.2024

Aprovadas 74 propostas no terceiro dia de votações na especialidade. PAN e Livre lideram

Terceiro dia de votações do OE 2025 arrancou com o regresso a um tema quente do dia anterior: a descida do IRC e os e as medidas do acordo de Concertação. Acompanhe ao minuto as votações.

António Pedro Santos/Lusa
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27.11.2024

Aprovadas 74 propostas no terceiro dia de votações na especialidade. PAN e Livre lideram

O terceiro dia de votações na especialidade terminou com 74 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) aprovadas, com o PAN e o Livre a terem o maior número de medidas viabilizadas.

O PAN conseguiu 20 propostas aprovadas, enquanto o Livre recebeu 'luz verde' para 18 medidas neste terceiro dia.

Seguem-se o PSD e CDS-PP, com 12 medidas viabilizadas e o Chega com 10.

Já o PS, BE e PCP tiveram quatro propostas aprovadas cada, enquanto a IL viu apenas duas receber 'luz verde', já no final das votações e por correção de sentido de voto, tal como tinha acontecido esta manhã, em plenário, com a proposta relativa ao IVA aplicado à alimentação de bebés.

Do PAN, foi aprovada a transferência de cerca de 1,5 milhões de euros para a Câmara de Carregal do Sal, como reembolso da requalificação da Casa do Passal, onde está o Museu Aristides Sousa Mendes.

Além disso, recebeu também 'luz verde' a realização de "uma campanha nacional de sensibilização para a necessidade de adequado depósito dos óleos alimentares usados de origem doméstica e para o impacto ambiental do depósito incorreto de tais resíduos".

O Livre viu serem aprovadas várias propostas na área da saúde, entre as quais, a realização de um estudo nacional sobre saúde mental dos profissionais de saúde. Conseguiu ainda uma medida para um novo ciclo da estratégia nacional anticorrupção.

Dos partidos que suportam o Governo, foi aprovada uma medida para a celebração de contratos de parceria público-privada para a construção de residências universitárias, bem como que o Governo avalie o alargamento das medidas de ação social escolar aos alunos que frequentam colégios privados.

Quanto ao Chega, foi viabilizada uma proposta que prevê, numa fase transitória, a atribuição de um médico assistente, recorrendo ao setor privado e social, para quem não tem médico de família.

Ainda do Chega, receberam 'luz verde' medidas que visam a criação de um programa nacional de combate à obsolescência programada de equipamentos elétricos e eletrónicos, através de verbas do Fundo Ambiental, e o levantamento do estado de conservação dos edifícios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Já da bancada socialista foi aprovada uma proposta que dita que o Governo terá de avançar com a revisão da tabela de remuneração dos profissionais forenses que intervêm no Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais, bem como o aumento do complemento de alojamento atribuído aos estudantes deslocados no ensino superior.

O BE, por sua vez, viu aprovadas duas propostas para a abertura em 2025 de concursos para a integração na carreira de investigação e para a integração de doutorados em funções de investigação nos laboratórios do Estado.

o PCP viu aprovada uma proposta para que o Governo adote as medidas de apoio à CP, "inclusive no plano diplomático, para que esta possa retomar a parceria com a RENFE para as ligações internacionais noturnas a Madrid e Hendaia", propondo os comunistas que seja estudada a possibilidade de lançar um serviço noturno a Barcelona.

Quanto à IL, a mudança de voto dos partidos que suportam o Governo fez aprovar uma proposta para que o executivo realize e apresente à Assembleia da República, até ao final do ano, um "estudo sobre o alargamento das licenças parentais, tendo em vista o seu alargamento, mas garantindo a diminuição das discriminações de género no mercado de trabalho".

Já a mudança de voto do PS ditou a aprovação da antecipação das decisões sobre atribuição de bolsas de estudo, à data da divulgação dos resultados do concurso nacional de acesso.

No primeiro dia de votações foram aprovadas 39 propostas e no segundo 90, a que se soma mais uma hoje de manhã, em plenário, da IL. Com as 74 propostas aprovadas hoje, o total já é de 204.

Lusa

27.11.2024

Subsídio a estudantes deslocados vai ser revisto e aumentado

O complemento de alojamento atribuído a estudantes deslocados que arrendem no setor privado será revisto e aumentado no próximo ano, de forma a cobrir a subida dos preços de arrendamento.

A medida foi proposta pelo PAN, no rol de alterações ao Orçamento do Estado para 2025, e aprovada esta quarta-feira na especialidade com votos contra do PSD e do CDS, a abstenção da Iniciativa Liberal e do PCP e os votos favoráveis das restantes bancadas. 

O PAN queria, também, que o complemento fosse revisto anualmente "com base nos valores do mercado imobiliário das principais cidades universitárias" e que os critérios de elegibilidade para o apoio fossem ampliados, abrangendo mais estudantes, mas esta parte da proposta foi rejeitada pelos deputados. 

27.11.2024

Indústria extrativa vai poder usar gasóleo verde

Foi aprovada uma proposta do PSD e do CDS no sentido de permitir a utilização de gasóleo colorido pelas empresas que desenvolvam atividade no setor da indústria extrativa, podendo fazê-lo "em todos os equipamentos não matriculados afetos à atividade". 

A mesma proposta prevê, ainda, que o Fundo Ambiental abra um aviso destinado a investimentos em eficiência energética na indústria extrativa. 

Este benefício, que pode significar uma poupança significativa dos custos com combustíveis, é justificado pelos dois partidos, na nota justificativa que acompanha a proposta, com o facto de os custos energéticos representarem "cerca de 40% dos custos diretos de produção, pelo que a subida dos preços da energia coloca em risco a atividade de muitas empresas do setor, podendo resultar em encerramentos e aumento do desemprego".

Em Espanha e Itália este tipo de empresas tem já benefício idêntico, escrevem ainda os deputados.

O gasóleo colorido, ou marcado, conhecido como gasóleo verde ou agrícola, pode, recorde-se,  ser adquirido com redução ou isenção total do imposto especial de consumo no momento do abastecimento. É já usado pelas empresas agrícolas e florestais. 

27.11.2024

Estado vai financiar criação de bateria sustentáveis

Foi aprovada na especialidade uma proposta do Livre que prevê o financiamento necessário à criação do programa "Do Sol ao Sal", uma fileira de produção de energia renovável e criação de baterias sustentáveis. 

O programa, prevê também a proposta do Livre, deverá incluir a "investigação e desenvolvimento da transição ecológica e energética, nomeadamente através do apoio à investigação e produção de baterias que não necessitem de matérias-primas críticas e raras, em particular as baterias de ião de sódio".

A ideia é investir em alternativas à produção atual de baterias, nomeadamente ao uso do lítio, encontrando meios mais sustentáveis e o Livre lembra, na sua nota justificativa, que "as baterias de ião de sódio têm potencial para se tornar numa alternativa sustentável que, não precisando de metais raros, sendo mais seguras e mais baratas, podem responder aos desafios de autonomia estratégica que o país tem pela frente".

Foi igualmente aprovada uma outra proposta do Livre no sentido de que o Governo assegure a regulamentação da Rede Nacional de Áreas Marinhas Protegida, "garantindo a sua implementação e operacionalização através do Orçamento do Estado".

27.11.2024

Privatização da TAP não vai ao Parlamento

Foi chumbada a proposta de alterações ao OE, apresentada pelo Bloco de Esquerda, que previa que a privatização da TAP fosse discutida no parlamento. PSD, CDS e IL votaram contra e PS e PCP abstiveram-se, inviabilizando a medida. 

Também a proposta do PAN, para que durante o próximo ano o Governo promovesse um "debate público participado, abrangente e plural sobre o futuro da TAP" e uma consulta pública sobre o modelo de reprivatização da transportadora ficou pelo caminho, com os votos contra do PSD, CDS, IL e PCP e abstenções do PS e do Bloco de Esquerda.  

27.11.2024

Aprovado reforço na dotação orçamental da CP para acomodar passe ferroviário

O Parlamento aprovou uma proposta do Livre no sentido de reforçar a dotação orçamental da CP. A ideia é que o contrato de serviço público entre o Estado e a CP-Comboios de Portugal seja "revisto e atualizado de modo a compensar a CP pela perda de receita e aumento do custo operacional, incluindo a necessidade de aumento da oferta de serviços, em virtude do alargamento do Passe Ferroviário Nacional.

Tal como adiantou esta manhã o deputado do PSD, Gonçalo Lage, o passe ferroviário verde já chegou a 36 mil assinaturas.

Foi igualmente aprovada uma proposta, igualmente do Livre, no sentido de que o Governo aprofunde as negociações com Espanha para a "reativação, durante o primeiro semestre de 2025, dos serviços ferroviários noturnos Lusitânia e Sud-Expresso, através das empresas ferroviárias CP - Comboios de Portugal, E.P .E. e Renfe".

O transporte ferroviário internacional entre Portugal e Espanha, como lembra o Livre na nota justificativa que acompanhou a sua proposta, "é praticamente inexistente e não existem serviços de comboios noturnos", pelo que "torna-se necessário reativar os comboios noturnos" entre os dois países.

27.11.2024

SNS excluído da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso

O Serviço Nacional de Saúde ficará excluído da aplicação da Lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso das Entidades Públicas, na sequência de uma proposta do PCP que foi aprovada na votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025. 

Esta lei, que, lembram os deputados comunistas, "se mantém em vigor desde os tempos da governação de PSD/CDS no período da troika", ao impor prazos mais apertados à liquidação dos pagamentos em atraso, "continua a ser um obstáculo a uma gestão adequada e flexível das entidades públicas". 

Ficarão, assim, excluídos os casos em que esteja em causa a aquisição de medicamentos; de produtos químicos e farmacêuticos; de material de consumo clínico e dispositivos médicos; ou a execução de investimentos cujos projetos tenham sido aprovados com fundos comunitários. De fora, igualmente, a execução de investimentos cujos projetos tenham cabimentação orçamenta e, em geral, de "outras situações em que esteja em causa a continuidade da prestação de cuidados de saúde à população". 

27.11.2024

Chega aprova reforço "urgente" da rede de cuidados paliativos

A votação prossegue e agora entra no tema da saúde, com o PAN a aprovar uma proposta pela prevenção da violência sexual em contexto hospitalar, e o Chega a aprovar duas medidas para reforço dos cuidados paliativos.

Na proposta do PAN aprovada lê-se que "durante o ano de 2025, o Ministério da Saúde, em articulação com a Direcção-Geral de Saúde e com as organizações representativas dos profissionais de saúde e dos utentes, toma as diligências necessárias à celebração de um protocolo nacional para a prevenção de violência sexual entre utentes e profissionais de saúde em contextos hospitalares e consultórios médicos".

Já o Chega fez aprovar uma proposta para que o Governo implemente em 2025 "um programa de alargamento e melhoramento da rede de cuidados paliativos". A proposta prevê que sejam reabilitados espaços, construídas "novas unidades em todo o território nacional" e criadas "novas equipas de cuidados paliativos domiciliários", além do "reforço de recursos materiais e humanos das equipas já existentes e a alteração dos critérios de referenciação a estes cuidados". No entanto, não diz quantos, nem quando, nem com que fundos. 

O Chega viu aprovada também uma proposta para que o tratamento de úlceras de pressão nas unidades de média duração e reabilitação seja comparticipado, "independentemente da referenciação e do tempo de internamento".

Os deputados aprovaram, ainda uma outra proposta do Chega que prevê a implementação de "um novo modelo de incentivos à dispensa de Medicamentos Genéricos", no entido de "promover o crescimento da sua quota de mercado e valorizar o contributo das farmácias comunitárias".

Também do Chega, foi aprovada uma proposta de alteração que determina, em 2025, um Programa Nacional de Rastreio do Cancro do Pulmão.

27.11.2024

Governo avalia alargamento da ação social escolar a alunos do privado e cooperativas

Foi aprovada uma proposta do PSD e do CDS-PP que prevê que no próximo ano o Governo deverá estudar a "possibilidade de estender medidas de ação social escolar da responsabilidade do Ministério da Educação e dos Municípios aos alunos que frequentam o ensino particular e cooperativo". 

A esquerda votou contra, mas o voto favorável do Chega, juntamente com a abstenção do PS, permitiram a aprovação da proposta. 

"O acesso à ASE continua a ser exclusivo para os alunos que frequentam o ensino público e os colégios com contrato de associação, o que cria uma barreira injustificada para os estudantes carenciados do Ensino Particular e Cooperativo fora do contrato de associação", sublinham os deputados na nota justificativa que acompanhou a proposta. 

27.11.2024

PS aprova fim da propina nos cursos de português da rede Camões

Os deputados aprovaram uma proposta do PS para por fim à propina cobrada aos estudantes da rede do Instituto Camões do ensino português no estrangeiro.

"É justificado que se proceda, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, à revogação da taxa de inscrição no Ensino de Português no Estrangeiro, vulgo propina, nos cursos da rede tutelada pelo Camões, Instituto da Língua e da cultura", lê-se na proposta aprovada pelo PS.

Os deputados aprovaram ainda uma proposta do PAN para transferir 1,5 milhões de euros para um projeto de requalificação e musealização da Casa do Passal, em Carregal do Sal. 

27.11.2024

Governo obrigado a abrir vagas para investigadores para laboratórios do Estado

Durante o ano de 2025 são abertos concursos para a contratação de doutorados para posições permanentes da Carreira de Investigação nos Laboratórios do Estado, de modo a permitir a integração dos Técnicos Superiores Doutorados que exercem funções de investigação.

Trata-se de uma proposta de alteração ao OE 2025 apresentada pelo Bloco de Esquerda que teve esta tarde aprovação na especialidade, com os votos contra do PSD, CDS e iniciativa Liberal, mas votos favoráveis das restantes bancadas.

"Há atualmente dezenas de investigadores doutorados a trabalhar nos Laboratórios do Estado que se encontram na Carreira de Técnico Superior ou noutra carreira diferente daquela que corresponde às suas funções", sustentam os deputados bloquistas na nota justificativa que acompanha a proposta. 

"Uma vez que o, no âmbito da criação do novo Estatuto da Carreira de Investigação Científica, o Governo não criou qualquer mecanismo transitório de mobilidade entre carreiras que pudesse resolver esta injustiça", é pois "necessário que dentro da maior brevidade sejam lançados concursos para vagas permanentes para investigadores nos Laboratórios do Estado", rematam.

27.11.2024

Parlamento quer mais acessibilidade em residências universitárias

Os deputados aprovaram por unanimidade uma proposta do PAN para garantir mais acessibilidade para pessoas com deficiência no alojamento no ensino superior.

Em causa está a adaptação das residências universitárias às necessidades de pessoas com deficiência, através de infraestruturas acessíveis, circulação, sinalização tátil, entre outros.

Os deputados aprovaram ainda outra proposta do PAN para que as taxas e emolumentos no ensino superior sejam regulamentados e garantir "proporcionalidade". 

27.11.2024

PPP para residências universitárias aprovadas pelo Parlamento

A proposta do PSD e do CDS-PP que abre a porta a contratos de parceria público-privada para a construção de novas residências com promotores e entidades privadas foi aprovada esta quarta-feira durante as votações na especialidade da proposta de OE para 2025. 

Apesar dos votos contra à esquerda, o voto favorável do PS, que se juntou à direita, permitiu a viabilização desta proposta dos partidos que suportam o Governo no Parlamento. 

A ideia é que as unidades de alojamento estudantil em residências com parceria público-privada passem a integrar a oferta de acesso público para os estudantes deslocados do ensino superior. Os preços deverão seguir o mesmo regime que se aplica às residências universitárias públicas. 

A proposta prevê, também, uma utilização em "regime de polivalência e dual", ou seja, permitindo-se a utilização das residências como unidades de alojamento turístico no período fora do calendário do ano letivo.

27.11.2024

Governo terá de identificar edificios para converter em residências estudantis

No parlamento, os partidos iniciaram pelas 15:10 o terceiro dia de votações na especialidade da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025 e das respetivas propostas de alteração, artigo a artigo.

Para já, os partidos aprovaram parte de uma proposta de alteração do Livre, para que o "Governo identifique o património imobiliário público que seja apto para adaptação e conversão em residências estudantis temporárias ou definitivas, no âmbito da concretização do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior".

Este ponto foi aprovado sem votos contra, apenas com a abstenção do Chega e votos a favor de todos os outros partidos.

Mas os deputados chumbaram o segundo ponto da proposta de alteração, que previa uma dotação de 50 milhões de euros para "a reconversão e adaptação das residências" que não sejam objeto de financiamento de verbas através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). 

27.11.2024

Governo conta concluir tabela de honorários de advogados ainda este ano

A discussão passa ainda sobre a habitação e outros temas, até que chega ao tema da justiça.

Sobre uma proposta de revisão da tabela de honorários no setor pelo PS, a secretária de Estado da Justiça contrapôs que o Governo está já a fazê-lo - e prevê concluir os trabalhos ainda este ano. 

"O Ministério da Justiça já está a rever a tabela de honorários. Já se encontra em curso relativamente a advogados, advogados estagiários e solicitadores. Esperamos ainda em 2024 o término dos nossos trabalhos", disse Maria José Barros, sinalizando uma oposição à proposta dos socialistas. 

Mas não foi esse o entendimento do PS, que considerou então que "estão reunidas as condições para que seja aprovada, já que vai ao encontro do que está a ser feito". 

O debate em plenário do terceiro dia de votações na especialidade da proposta de OE 2025 terminou, sendo que as votações artigo a artigo têm início pelas 15h.

27.11.2024

Passe ferroviário verde já chega a 36 mil pessoas

Debate prossegue sobre a ferrovia, com o deputado do PSD Gonçalo Lage a anunciar que o passe ferroviário verde já chegou a 36 mil assinaturas. Por sua vez, o Livre insistiu no alargamento do passe verde. 

O novo título de transporte, que passou a ser comercializado no final de outubro, permite viagens ilimitadas em diversos serviços ferroviários por um preço fixo mensal de 20 euros para 30 dias.

Antes, o Bloco de Esquerda insistiu na sua proposta para que uma decisão sobre a privatização da TAP seja levada ao Parlamento

27.11.2024

Governo elogia bolsas nas universidades privadas

Ainda sobre o ensino superior, o secretário de Estado adjunto e da Educação aplaude a proposta de alteração ao OE 2025 do PSD e do CDS para que as bolsas de ação social se apliquem também nas universidades privadas.

"Não faz sentido que os alunos que são carenciados [nas universidades públicas] deixem de ser elegíveis no ensino particular", afirmou Alexandre Homem Cristo.

O debate prossegue em torno de vários temas, como o reforço do desporto nas escolas, a interrupção voluntária da gravidez e o reforço do passe social, entre outros.  

 

27.11.2024

Governo admite PPP para alojamento estudantil e diz que reconversão da 5 de Outubro não é viável

Depois de um longo período de votação das propostas de alteração e dos artigos da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025, a discussão retoma com os temas definidos para o dia de hoje, entre eles o alojamento para estudantes.

O secretário de Estado adjunto da Educação admite que as taxas de execução para o alojamento para estudantes do ensino superior "são muito baixas" e admite que o Governo "revê-se em algumas das propostas de alteração" apresentadas sobre o tema, nomeadamente para a criação de parcerias-público privadas (PPP) no alojamento estudentil. 

"Tinhamos a expectativa de estar mais avançados do que estamos hoje. Perdeu-se muito tempo. Temos de ter 18 mil [camas] até 2026, temos um longo caminho pela frente", disse Alexandre Homem Cristo.

Segundo o secretário de Estado, um processo importante e que está muito atrasado é a reconversão da antiga sede do Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro (em Lisboa), em alojamento para estudantes. 

"É o processo mais difícil com que estamos a lidar. Tinha inauguração prevista para 2025 e não avançou nada. Os prazos foram-se arrastando e neste momento as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) deixaram de ser viáveis", disse.

Pela tipologia do edifício, que não tem estrutura antisismica, e pelos atrasos, Alexandre Homem Cristo admitiu que a reconversão do edifício para alojamento estudantil, com um investimento de 30 milhões de euros, é "particularmente dificil e muito caro".

"Sem PRR a alternativa é [verbas do] OE", disse, questionando se alocar verbas do Orçamento do Estado (portanto, impostos) são "um bom investimento", já que, com esse valor, considerou, seria possível "construir muitas mais camas também no centro de Lisboa".

"Este edifício em particular não esta preparado para alojamento estudantil", lamentou.

Nesse sentido, o secretário de Estado disse que o Governo está a dialogar com todos os parceiros - Câmara de Lisboa e eventuais parcerias de PPP nesta área -, mas frisou que "neste momento não existem condições para avançar com este projeto, dado os atrasos associados". 

27.11.2024

Parlamento aprova por unanimidade descer IVA da comida de bebés e crianças

Depois de a discussão ter continuado em torno das medidas do acordo de concertação, com o PS a manter-se contra várias delas, os deputados entraram no período de votação das medidas avocadas.

Por enquanto, os partidos mantiveram a oposição à revogação de uma norma que mantém uma condição para o incentivo à valorização salarial, em IRC, de empresas que aumentem salários em linha com o acordo que não estava prevista.

A proposta original de Orçamento do Estado eliminava a exigência de as empresas não aumentarem o leque salarial, que vinha de orçamentos anteriores. Mas a revogação dessa condição foi mesmo chumbada nesta quarta-feira com os votos contra de PS, Chega, PCP, BE e Livre. Manteve-se, assim, o resultado de ontem à tarde. 

E, tal como tinha sido anunciado por Hugo Soares, PSD e CDS mudaram sentido de voto e aprovaram a descida do IVA da comida para bebés e crianças de "pouca idade", sobretudo leites artificiais.

Assim, a medida, apresentada pela Iniciativa Liberal, foi aprovada por unanimidade

27.11.2024

PSD vai aprovar descer IVA de alimentos para bebés e crianças

Agora, um anúncio por parte do líder parlamentar do PSD: os partidos que apoiam o Governo vão aprovar a proposta da Iniciativa Liberal para baixar para 6% o IVA que se aplica aos bens alimentares para bebés e crianças.

"O debate na especialidade faz-se a construir ideias, a convencer os outros dos nossos argumentos e a sermos construitivos para melhorar a proposta OE 2025", começou por afirmar Hugo Soares.

Depois, o líder parlamentar social-democrata anunciou que "PSD e CDS resolveram alterar o sentido de voto e aprovar com a Iniciativa Liberal a proposta para que os produtos alimentícios a lactentes e crianças de pouca de idade possam ter IVA reduzido".

No entanto, também Chega e PAN entregaram projetos de alteração ao OE no mesmo sentido, visando baixar o IVA sobre estes produtos da taxa máxima (de 23%) para a taxa mínima (6%). 

Mas a proposta da Iniciativa Liberal foca-se apenas nos "produtos alimentícios destinados a lactentes e crianças de pouca idade, incluindo as fórmulas de transição, os alimentos para fins medicinais específicos e os substitutos integrais da dieta para controlo do peso". 

Enquanto a do Chega, por exemplo, queria baixar também o IVA sobre bolachas e papas de fruta. O PAN propunha também reduzir o IVA sobre as rações.

27.11.2024

PSD acusa PS de retirar financiamento ao INEM

Depois de uma curta discussão sobre a descida IVA da comida sobre as papas para bebés e a alimentação de animais de companhia (trazida pelo PAN) e do IVA da restauração (defendida pelo Chega), os deputados discutiram o financiamento do INEM.

Paulo Muacho, deputado do Livre, ironiza que com a consignação "pelo menos o OE2025 passa a ter uma referência ao INEM".

"Mas o mais importante fica por dizer: se o Parlamento quer melhores condições de trabalho para os técnicos de emergência", desafiando os deputados do PSD e CDS a aprovarem a valorização da carreira dos técnicos.

Pelo PSD, Miguel Guimarães (ex-bastonário da Ordem dos Médicos) lembra que o Governo está a negociar com o sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar e deixa uma "palavra de gratidão" ao PS.

"Finalmente entenderam que desviar os saldos anuais do INEM para outras áreas  enfraquece a capacidade de investimento e, consequentemente, a capacidade de resposta", ironizou o deputado socia-democrata. 

Marisa Matias, do BE, critica que o país "não sabe nada" sobre o que o Governo quer fazer sobre o INEM, questionando se a participação do privado será aumentada.

Em resposta, Miguel Guimarães diz que "a refundação do INEM será apresentada no momento adequado pela senhora ministra da Saúde".

27.11.2024

PSD critica coligação negativa sobre incentivos à valorização salarial

Os deputados discutem agora as medidas para beneficiar as empresas que aumentem salários, com o PSD a criticar a coligação negativa para manter condições para o incentivo à valorização salarial.

Ontem, contra a vontade do Governo, foi recuperada uma condição para o incentivo à valorização salarial, em IRC, de empresas que aumentem salários em linha com o acordo que não estava prevista.

A proposta original de Orçamento do Estado eliminava a exigência de as empresas não aumentarem o leque salarial, que vinha de orçamentos anteriores. Mas a revogação dessa condição foi chumbada com os votos contra de Chega, PCP, BE e Livre

Hoje, João Vale e Azevedo, do PSD, critica duramente a continuação deste requisito. Alfredo Maia, do PCP, diz que "o Governo dá tudo aos patrões e nada aos trabalhadores". 

Pelo Bloco de Esquerda, José Soeiro acusa o Governo de quer dar benefícios fiscais a empresas que agravam as desigualdades salariais.

27.11.2024

Discussão do IRC ainda marca arranque de terceiro dia de votação do OE

O terceiro dia da discussão e votação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025 e das propostas de alteração artigo a artigo já arrancou nesta quarta-feira, 27 de novembro, com um tema quente: a descida de IRC.

O Parlamento aprovou ontem a redução do IRC de 21% para 20% (bem como a taxa aplicável às pequenas e médias empresas de 17% para 16%), mas pela mão do PS o tema voltou à discussão hoje.

Isto porque os socialistas, apesar de terem viabilizado a descida da taxa de IRC, opõem-se à majoração dos custos com seguros de saúde. 

O deputado socialista Fernando José considera que as propostas aprovadas são "a favor dos privados da saúde" e das "desigualdades salariais", frisando que estes recursos que deviam ser aplicados em aumentos salariais e investimento no SNS.

"É uma armadilha", sublinhou, dizendo que não se trata de reais aumentos salariais e que não contam para uma futura reforma.

A Iniciativa Liberal (IL) criticou o PS que disse "parecer o Bloco de Esquerda", e o Chega, por não se decidir sobre o seu sentido de voto.

Também o Bloco de Esquerda atirou aos socialistas "esteve muito contra a descida do IRC mas absteve-se" e ao Chega "esteve muito a favor, mas abstém-se".

Mais do que isso, a líder bloquista, Mariana Mortágua, criticou que o ministro das FInanças, Joaquim Miranda Sarmento, tenha criticado o acréscimo da despesa com o aumento das pensões proposto pelo PS (e que pode vir a ser viabilizado na quinta-feira) quando a UTAO admite que a proposta do Governo para reduzir o imposto sobre o lucro das empresas pode custar mais do que o previsto (como o Negócios escreveu). 

"A majoração dos custos com seguros de saúde não são para as pessoas, são para os lcuros das empresas", afirmou Mariana Mortágua. 

Também o Livre criticou a perda de receita associada à "borla no IRC para as 2% empresas mais lucrativas" quando um reforço do abono de família, proposto pelo partido de Rui Tavares, foi chumbado. 

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