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Teletrabalho deverá reduzir espaços de escritório na Alemanha em 12%

Estudo do IFO e de uma consultora imobiliária em sete cidades alemãs conclui que o teletrabalho, que abrange um quarto dos trabalhadores, deverá reduzir a necessidade de espaços de escritório em 12% em 2030. Em Portugal, 18% dos trabalhadores estão à distância.

À semelhança de outros países, os trabalhadores portugueses também gostariam de ter mais dias de teletrabalho.
Mariline Alves
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O teletrabalho deverá levar a uma redução da procura de espaços de escritório em 12% em 2030, conclui um estudo realizado em sete cidades alemãs.

O estudo foi realizado pelo instituto da Universidade de Munique Ifo e pela consultora imobiliária Colliers nas cidades de Berlim, Hamburgo, Munique, Colónia, Frankfurt, Estugarda e Dusseldorf.

"Trabalhar de casa regularmente tornou-se o novo normal para cerca de 25% dos trabalhadores e 69% das empresas. Isto está a levar a uma quebra na procura de espaços de escritório, especialmente entre grandes empresas e nos setores onde o teletrabalho é mas comum", lê-se no comunicado divulgado pelo Ifo.

Em 2030, "é provável que a procura de espaço de escritórios caia 12%. Isto corresponderia a uma quebra na procura de cerca de 11,5 milhões de metros quadrados nas sete maiores cidades" alemãs. "O novo mundo do trabalho está a provocar mudanças estruturais no mercado dos escritórios", conclui o investigador Simon Krause, um dos autores do estudo.

O Ifo refere que apesar de muitas empresas estarem a promover o regresso ao escritório, a proporção de pessoas em teletrabalho na Alemanha tem permanecido estável nos últimos dois anos.

O comunicado explica que muitas empresas optaram por dias fixos para promover a colaboração, deixando os trabalhadores em casa nos outros dias.

"O futuro pertence a esta forma de trabalho, porque é muito aceite tanto por trabalhadores como por empregadores e permite a necessária produtividade", diz o autor, citado no comunicado.


Quase um quinto em teletrabalho em Portugal


Em Portugal, o teletrabalho também parece ter vindo para ficar, mantendo-se a níveis nunca registados antes da pandemia.

No quarto trimestre do ano passado 928 mil pessoas trabalharam em casa, 887 mil das quais com recurso a tecnologias de informação e comunicação. O último número corresponde a 17,8% da população empregada e que subiu quase um ponto percentual face ao mesmo período do ano anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O sistema mais comum (73%) é o que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas. Quem está em sistema híbrido trabalha em casa, em média, três dias por semana.


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