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Teixeira dos Santos diz que é "disparate" e "ignorância" comparar Portugal à Grécia

"Num mundo de expressão livre também se podem escrever disparates sem fundamentação sólida, reveladores de ignorância". A reacção é do ministro das Finanças, no rescaldo de um artigo de opinião de dois proeminentes economistas internacionais, segundo os quais Portugal vai seguir as pisadas da Grécia.

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“Num mundo de expressão livre também se podem escrever disparates sem fundamentação sólida, reveladores de ignorância”. A reacção é do ministro das Finanças, no rescaldo de um artigo de opinião de dois proeminentes economistas internacionais, segundo os quais Portugal vai seguir as pisadas da Grécia.

Peter Boone, investigador da London School of Economics (LSE) e Simon Johnson, antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, advertiram hoje que, depois da Grécia, Portugal é o “próximo no radar” dos mercados.

Num artigo de opinião conjunto, difundido pela agência Bloomberg, os dois economistas consideram que a economia portuguesa tem estado relativamente protegida pelo facto de os holofotes dos investidores terem estado centrados na Grécia.

Mas, sustentam, “ambos estão, em termos económicos, na vertigem da bancarrota, e ambos parecem mais arriscados do que a Argentina em 2001, quando sucumbiu ao incumprimento”, vendo-se incapaz de honrar os compromissos com os seus credores.

Em reacção, Teixeira dos Santos escreve, numa nota enviada às redacções, que “num mundo de expressão livre também se podem escrever disparates sem fundamentação sólida, reveladores de ignorância quanto às diferenças existentes entre os países da zona Euro”.

O ministro diz ainda que este tipo de análises “bem ilustram o preconceito céptico de alguns comentadores quanto à moeda única.”

Ainda segundo os mesmos economistas, Espanha e Irlanda estão também confrontados com riscos idênticos aos de Portugal e da Grécia, porque têm problemas crescentes de competitividade internacional, decorrentes de terem entrado no euro com taxas de câmbio "excessivamente elevadas", numa altura em que ainda tinham pela frente um longo caminho para por as finanças públicas em ordem.
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