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Taxa de poupança das famílias aumenta ligeiramente no terceiro trimestre

A variação nula do consumo privado e a subida do rendimento disponível aumentaram em 0,3 pontos a taxa de poupança das famílias portuguesas. Os custos do trabalho registaram um novo aumento de 7%.

Os supermercados debatem-se com a subida dos custos de funcionamento.
João Cortesão
23 de Dezembro de 2020 às 11:56
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A taxa de poupança das famílias portuguesas aumentou em 0,3 pontos percentuais (p.p.) no ano acabado no terceiro trimestre de 2021, atingindo 10,8% do rendimento disponível, em consequência do aumento de 0,4% do rendimento disponível e da variação nula do consumo privado.

 

Estes dados integram as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas pelo INE esta quarta-feira, 23 de dezembro, que mostram que no mesmo período a capacidade de financiamento das famílias situou-se em 4,3% do PIB, uma subida de 0,3 p.p. face ao trimestre anterior, provocada pelo crescimento do rendimento disponível em 0,5%.

 

Decompondo a taxa de variação do rendimento disponível, a mesma publicação evidencia que as prestações sociais (0,3 p.p.), os impostos sobre o rendimento (0,2 p.p.) e as remunerações (0,1 p.p.) deram o principal contributo para esta evolução. Já o investimento registou uma taxa de variação de 1,1% no mesmo período.

 

Por outro lado, o saldo positivo dos rendimentos de propriedade registou uma ligeira redução, com o INE a sublinhar que as as moratórias da banca relativas ao pagamento de juros de empréstimos não têm impacto neste indicador, uma vez que as regras contabilísticas "determinam o registo destes fluxos no momento devido, mesmo que não tenham sido efetivamente pagos".

 

Lay-off mexe com custos do trabalho

 

No que toca aos custos do trabalho por unidade produzida, no período em análise houve um novo aumento de 7% - acima da taxa de 5,7% no trimestre anterior –, explicado pelo efeito conjugado do aumento da remuneração média e da descida da produtividade. A explicação para este comportamento está sobretudo nas remunerações pagas pelas empresas no contexto do regime especial de lay-off.

 

"Com a adesão a este regime, as empresas continuaram a pagar remunerações aos seus empregados, mesmo nos casos em que não houve prestação efetiva de trabalho, reduzindo deste modo o impacto negativo da diminuição da atividade sobre as remunerações pagas. O efeito deste regime, acompanhado pela redução do número de trabalhadores por conta de outrem, determinou o aumento da remuneração média por empregado, em simultâneo com uma redução da produtividade por empregado", detalha o INE.

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