Mira Amaral, em entrevista ao Jornal de Negócios, admite que devia ter concorrido a primeiro ministro em vez de apoiar Durão Barroso, acusa Bagão Felix de traição e tentativa de assassinato político. Confessa ter sido ingénuo aos 57 anos, quando aceitou sentar-se na cadeira de presidente da CGD.

Revela que apenas a filha tem o poder de lhe "dar a volta". Prepara as suas memórias. Quando olha em frente, não enjeita a hipótese de concorrer a primeiro-ministro de Portugal.

Fala à velocidade com que vive. O que sente salta-lhe à ponta da língua. Não peneira as palavras. Esteve sempre dividido entre a economia e a engenharia. Entre as empresas e a política. É um homem de paixões. Sabe guardar um segredo. Verga quando lhe provam não ter razão. Provoca amor ou ódio, nunca a indiferença. É respeitado: trezentos empresários sentaram-se há dias em Santa Maria da Feira em sua homenagem.