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Suspeito do atentado de Berlim foi abatido em Milão

O tunisino suspeito de ter provocado o ataque terrorista em Berlim com um camião, que matou 12 pessoas, foi morto pela polícia numa troca de tiros esta madrugada em Milão. A identidade de Anis Amri foi confirmada "sem sombra de dúvida", garantiu o ministro do Interior Marco Minniti.

Reuters
23 de Dezembro de 2016 às 09:38
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O principal suspeito de ter provocado, na passada seguna-feira, o ataque terrorista com um camião em Berlim, que irrompeu por um mercado de Natal e provocou 12 mortos, foi abatido a tiro esta noite pela polícia em Milão, confirmou o ministro do Interior italiano, Marco Minniti.

A notícia foi inicialmente avançada pela revista italiana Panorama. Anis Amri envolveu-se num tiroteio com as forças de segurança italianas na cidade do Norte de Itália. O tunisino era considerado "com grande probabilidade" o homem que orquestrou o ataque em Berlim, avançaram as autoridades alemãs.

"A pessoa que foi abatida, depois de toda a investigação, é sem qualquer sombra de dúvida Anis Amri, o presumível suspeito do atentado terrorista em Berlim", confirmou Marco Minniti, durante a conferência de imprensa que convocou em Roma, Itália. "Foi uma operação policial desencadeada às 3 da manhã, numa zona importante do nosso país, que decorreu em total segurança", assinalou o ministro, em declarações reproduzidas e traduzidas pela RTP.

Itália informou "de imediato" as autoridades alemãs, acrescentou o ministro.

Marco Minniti mostrou-se muito satisfeito com a actuação da polícia, a quem "Itália está muito grata". "Olhamos para estes dois agentes como pessoas extraordinárias, são jovens que, no cumprimento do seu dever, prestaram um serviço extraordinário à comunidade". Minniti disse já ter falado com o agente que foi ferido na troca de tiros. "Já falei pessoalmente com o agente ferido, é uma pessoa extraordinária", atestou.

 
De acordo com o La Repubblica, Anis Amri terá gritado "Allahu Akbar" [Deus é Grande].

No Twitter, a polícia italiana começou por explicar que depois de ter pedido os documentos ao suspeito, numa "operação normal de controlo do território", este tirou uma arma de calibre .22 da mochila e começou a disparar sobre o líder da patrulha policial. Este ripostou e matou o suspeito. Posteriormente, esta força confirmou que a vítima mortal é Anis Amri.

A revista Panorama corrobora o relato. Anis Amri foi mandado parar numa "operação stop" de rotina às 3:00 locais na praça 1º de Maio, junto à estação de metro Sesto San Giovanni. O suspeito puxou de uma arma e começou a disparar sobre os polícias. Um dos agentes, que estava apenas há nove meses na polícia e foi atingido num ombro, matou Anis Amri. Apesar do ferimento, o agente está vivo.

Para já, sobra uma contradição, nota o The Guardian: o ministro disse que Amri seguia a pé, embora os jornais italianos, e a própria polícia, avancem que ele seguia de carro.

Anis Amri radicalizou-se na Sicília

De acordo com o The Guardian, o tunisino entrou na Europa precisamente através de Itália, em 2011, quando fugiu da Tunísia durante a Primavera Árabe. Anis Amir esteve preso três anos e meio em seis diferentes prisões na ilha da Sicília, por ter provocado um incêndio num campo de refugiados e por diversas ameaças. Dois irmãos de Anis Amir acreditam que ele se radicalizou durante o período em que esteve preso, devido ao contacto com extremistas islâmicos.

As autoridades italianas admitem que ele era um recluso problemático, que ameaçava outros prisioneiros e tentava organizar revoltas, mas não notaram que ele se tivesse radicalizado, prossegue o Guardian.

A Deutsche Welle falou com um dos irmãos de Anis Amri, que disse estar em choque com a sua morte.


Notícia actualizada com mais informação às 10:36

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