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Suspeito do atentado de Berlim foi abatido em Milão
O tunisino suspeito de ter provocado o ataque terrorista em Berlim com um camião, que matou 12 pessoas, foi morto pela polícia numa troca de tiros esta madrugada em Milão. A identidade de Anis Amri foi confirmada "sem sombra de dúvida", garantiu o ministro do Interior Marco Minniti.
O principal suspeito de ter provocado, na passada seguna-feira, o ataque terrorista com um camião em Berlim, que irrompeu por um mercado de Natal e provocou 12 mortos, foi abatido a tiro esta noite pela polícia em Milão, confirmou o ministro do Interior italiano, Marco Minniti.
A notícia foi inicialmente avançada pela revista italiana Panorama. Anis Amri envolveu-se num tiroteio com as forças de segurança italianas na cidade do Norte de Itália. O tunisino era considerado "com grande probabilidade" o homem que orquestrou o ataque em Berlim, avançaram as autoridades alemãs.
Itália informou "de imediato" as autoridades alemãs, acrescentou o ministro.
#Minniti: l’uomo ucciso a Milano nel conflitto a fuoco con la polizia è Anis Amri il terrorista di Berlino #BerlinoAttack #Breitscheidplatz pic.twitter.com/rwlE0bgtaU
— Polizia di Stato (@poliziadistato) December 23, 2016
Marco Minniti mostrou-se muito satisfeito com a actuação da polícia, a quem "Itália está muito grata". "Olhamos para estes dois agentes como pessoas extraordinárias, são jovens que, no cumprimento do seu dever, prestaram um serviço extraordinário à comunidade". Minniti disse já ter falado com o agente que foi ferido na troca de tiros. "Já falei pessoalmente com o agente ferido, é uma pessoa extraordinária", atestou.
De acordo com o La Repubblica, Anis Amri terá gritado "Allahu Akbar" [Deus é Grande].
1. L’aggressore di Milano fermato da volante del commissariato Sesto San Giovanni durante un normale servizio di controllo del territorio pic.twitter.com/GmdIK0M9WS
— Polizia di Stato (@poliziadistato) December 23, 2016
No Twitter, a polícia italiana começou por explicar que depois de ter pedido os documentos ao suspeito, numa "operação normal de controlo do território", este tirou uma arma de calibre .22 da mochila e começou a disparar sobre o líder da patrulha policial. Este ripostou e matou o suspeito. Posteriormente, esta força confirmou que a vítima mortal é Anis Amri.
A revista Panorama corrobora o relato. Anis Amri foi mandado parar numa "operação stop" de rotina às 3:00 locais na praça 1º de Maio, junto à estação de metro Sesto San Giovanni. O suspeito puxou de uma arma e começou a disparar sobre os polícias. Um dos agentes, que estava apenas há nove meses na polícia e foi atingido num ombro, matou Anis Amri. Apesar do ferimento, o agente está vivo.
Para já, sobra uma contradição, nota o The Guardian: o ministro disse que Amri seguia a pé, embora os jornais italianos, e a própria polícia, avancem que ele seguia de carro.
Anis Amri radicalizou-se na Sicília
De acordo com o The Guardian, o tunisino entrou na Europa precisamente através de Itália, em 2011, quando fugiu da Tunísia durante a Primavera Árabe. Anis Amir esteve preso três anos e meio em seis diferentes prisões na ilha da Sicília, por ter provocado um incêndio num campo de refugiados e por diversas ameaças. Dois irmãos de Anis Amir acreditam que ele se radicalizou durante o período em que esteve preso, devido ao contacto com extremistas islâmicos.
As autoridades italianas admitem que ele era um recluso problemático, que ameaçava outros prisioneiros e tentava organizar revoltas, mas não notaram que ele se tivesse radicalizado, prossegue o Guardian.
#Amri 's brother via phone on his death: "We are shocked and the whole family is in a bad situation. No comment".
— Jaafar Abdul Karim (@jaafarAbdulKari) December 23, 2016
A Deutsche Welle falou com um dos irmãos de Anis Amri, que disse estar em choque com a sua morte.
Notícia actualizada com mais informação às 10:36