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Strauss-Kahn sob custódia para ser interrogado sobre caso de proxenetismo

O ex-director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, passará a noite na esquadra.

22 de Fevereiro de 2012 às 07:58
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O ex-director-geral do FMI Dominique Strauss-Kahn foi hoje colocado sob custódia em Lille, no norte de França, para ser ouvido pelos investigadores sobre o seu papel num caso de proxenetismo no Carlton e passará a noite na esquadra.

A medida de coacção, segundo a qual Dominique Strauss-Kahn (DSK) ficaria sob custódia durante 24 horas por "cumplicidade em proxenetismo agravado em crime organizado" e "ocultação de abuso de bens sociais", foi decretada hoje de manhã, quando se deslocou à esquadra para ser ouvido.

Depois de ter sido ouvido durante todo o dia, foi notificado ao fim da tarde, pelos três juízes de instrução, do prolongamento da custódia por mais 24 horas.

É habitual que os magistrados procedam ao prolongamento de uma custódia antes do fim das primeiras 24 horas, mas este período suplementar só começa após terminadas essas 24 horas, ou seja, neste caso, a partir de quarta-feira de manhã.

Neste tipo de casos, a custódia pode teoricamente durar até 96 horas.

Strauss-Kahn, de 62 anos, será interrogado sobre noites em que esteve presente em orgias, nomeadamente em Paris e em Washington, para determinar se sabia que as mulheres que nelas participaram eram prostitutas.

Várias deslocações de prostitutas foram organizadas e financiadas por dois empresários da região de Lille, Fabrice Paszkowski, responsável de uma empresa de material médico, e David Roquet, ex-diretor de uma filial do grupo de BTP Eiffage.

A última dessas viagens ocorreu entre 11 e 13 de maio do ano passado, na capital norte-americana, na véspera da detenção de DSK no caso Sofitel de Nova Iorque. Nesse caso, em que a criada de quarto Nafissatou Diallo acusa DSK de agressão sexual, o processo penal foi abandonado pela justiça norte-americana.

Mas as consequências deste caso e as do Carlton destruíram as ambições presidenciais em França do antigo ministro das Finanças socialista (1997-99), favorito nas sondagens até o caso Sofitel ser divulgado, assim como o seu cargo de topo no Fundo Monetário Internacional (FMI).

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