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Stiglitz: Transição verde é uma oportunidade para acelerar crescimento económico

Nobel da Economia defende que a transição para um mundo mais sustentável pode acelerar o crescimento económico. As alterações climáticas - realça - são um "problema global" e é nessa lógica que se têm de trabalhar em respostas.

Diana do Mar dianamar@negocios.pt 07 de Maio de 2024 às 10:21
O economista Joseph Stiglitz defende que a transição verde não só traz uma "oportunidade para repensar a economia" como "pode acelerar o crescimento económico" e "elevar a qualidade de vida" das populações.

Partindo do facto de, pela primeira vez na história do planeta, estarmos a viver além dos limites planetários (são nove os identificados por Rockström), o Nobel da Economia (2001) passou em revista as políticas que tanto na Europa como nos Estados Unidos têm sido postas em marcha para responder às alterações climáticas, para deixar claro, porém, que o problema é "global" e é dessa forma que tem de ser atacado.

No discurso de abertura da Grande Conferência Negócios Sustentabilidade 20|30, que decorre esta terça-feira, na Nova SBE, em Cascais, o autor de livros como "Pessoas, Poder e Lucro" e de "The Road to Freedom - Economics and the Good Society", recentemente publicado, apontou que a transição para um mundo mais sustentável pode acelerar o crescimento económico, desde logo tanto do lado da oferta como da procura, "se as políticas certas forem postas em marcha", que passam nomeadamente pelo desenvolvimento de novas tecnologias ou pela inovação ao nível das energias renováveis, neste caso apenas com um "pequeno empurrão" por parte dos governos.

O que é preciso? Stiglitz é peremptório: uma "agenda abrangente", que envolva todos os setores. E sobretudo "todos os países". Embora reconheça que a Europa tem estado na vanguarda e seja vista como uma referência ao contrário dos Estados Unidos onde as alterações climáticas se tornaram num tema "muito politizado"  - é preciso ter em conta o impacto efetivo no terreno.

E, neste particular, apontou, por exemplo, para o facto de a maioria das emissões de dióxido de carbono (CO2) ser produzida nos países em vias de desenvolvimento quando historicamente era oriunda das nações mais industrializadas.
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