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Software para controlar o SIRESP está "na gaveta" há dois anos

O Estado comprou à Motorola um sistema para ajudar a tomar decisões no combate aos incêndios florestais, mas a Protecção Civil continua desde 2015 sem acesso à licença de utilização, escreve o jornal Público.

Reuters
07 de Novembro de 2017 às 10:03
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O software comprado pelo Estado, em Maio de 2015, para monitorizar em tempo real a cobertura da rede SIRESP nunca foi usado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), que devia ser o seu principal utilizador.

 

A notícia é avançada pelo Público esta terça-feira, 7 de Novembro, explicando que o Ministério da Administração Interna (MAI) nunca forneceu a este organismo a licença de utilização do Traces, comprado por 200 mil euros à Motorola, que ficou apenas nas mãos da Secretaria-Geral do MAI.

 

Este sistema, adquirido ainda pelo anterior Governo, fornece dados técnicos que ajudam na tomada de decisões operacionais no combate aos incêndios. O ex-presidente da ANPC, Joaquim Leitão, confirma a relevância do software, que "habilitaria o comandante das operações de socorro de qualquer teatro de operações a ter informação fidedigna acerca da cobertura da rede SIRESP e de outra redes convencionais na zona".

 

Na sequência dos fogos de 15 de Outubro, o Executivo liderado por António Costa decidiu que vai efectuar uma operação de conversão de créditos em capital e assim tomar uma posição accionista na SIRESP, que levará o Estado a deter 54% do capital daquela empresa. Será um reforço na ordem dos oito milhões de euros que permitirá a aquisição de mais quatro estações móveis com ligação satélite, estando também prevista a contratação de um sistema adicional de redundância.

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