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Sócrates «muito preocupado» com estado das contas públicas

O primeiro-ministro português José Sócrates manifestou-se hoje «muito preocupado» com o estado das finanças públicas mas pediu para se aguardar alguns dias pelo resultado da Comissão Constâncio antes de o governo apresentar um plano de acção.

16 de Maio de 2005 às 14:39
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O primeiro-ministro português José Sócrates manifestou-se hoje «muito preocupado» com o estado das finanças públicas mas pediu para se aguardar alguns dias pelo resultado da Comissão Constâncio antes de o governo apresentar um plano de acção.

«A verdade é que me deixa muito preocupado a declaração do senhor governador do Banco de Portugal de que a situação é pior do que ele próprio julgava que era», disse o primeiro-ministro à margem de uma reunião do Conselho da Europa em Varsóvia (Polónia), noticiou a Lusa.

«A acção só se pode basear na gravidade do problema. Vamos esperar pelos resultados e depois falaremos», acrescentou, ao mesmo tempo que recusou fazer comentários sobre «cenários».

O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, reconheceu sábado, no Luxemburgo, que a situação orçamental portuguesa é «ainda pior» do que pensava anteriormente, estando o país confrontado com «uma crise orçamental grave».

O governador do Banco de Portugal tinha afirmado, em Janeiro do corrente ano, que tinha chegado a «hora da verdade» para a política orçamental.

Assim que os socialistas chegaram ao poder em Março, o governo pediu a uma comissão chefiada por Vítor Constâncio para fazer uma auditoria às finanças públicas portuguesas, nomeadamente sobre o défice orçamental esperado em 2005.

O ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, em declarações sexta-feira, também no Luxemburgo, afirmou esperar que a Comissão liderada pelo governador do Banco de Portugal apresente dentro de «uma semana a 10 dias» conclusões.

A Comissão Europeia, nas suas Previsões Económicas de Primavera, publicadas a 04 de Abril, estimou em 4,9% o défice orçamental português em 2005.

O ministro de Estado e das Finanças mostrou-se a 21 de Março, na Assembleia da República, ainda mais pessimista, admitindo que o desequilíbrio poderia ser superior a 6%, sem receitas extraordinárias.

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