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Situação clínica de Ramos Horta "extremamente grave"

O presidente timorense José Ramos Horta está a ser sujeito a uma intervenção cirúrgica no Royal Darwin Hospital encontrando-se em estado "extremamente grave mas estável", disse à Lusa o director do hospital australiano.

11 de Fevereiro de 2008 às 11:26
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O presidente timorense José Ramos Horta está a ser sujeito a uma intervenção cirúrgica no Royal Darwin Hospital encontrando-se em estado "extremamente grave mas estável", disse à Lusa o director do hospital australiano.

Len Notaras explicou à Lusa que o presidente timorense está a ser alvo de uma intervenção que se centra particularmente no lado direito do tronco, onde uma das balas que o atingiu perfurou o pulmão.

"A sua condição é extremamente grave mas estável", disse, frisando que os ferimentos do líder timorense "podem certamente pôr em risco a vida" e que será crucial avaliar "eventuais complicações nos próximos dias".

"A sua condição é estável e esperemos que possa fazer uma recuperação total", frisou. Ramos Horta chegou ao hospital de Darwin cerca das 17:30 locais (08:00 em Lisboa) com ferimentos de pelo menos duas balas, que tinham já sido previamente tratados em Díli, onde recebeu 16 unidades de sangue.

"O ferimento que tem no peito é bastante grave. Inicialmente pensava-se que tinha um ferimento no abdómen mas tratou-se apenas de um espaço de exploração da equipa em Díli para analisar se tinha ou não órgãos vitais atingidos", explicou.

"Para já, e além do pulmão direito e do fornecimento de sangue para o pulmão direito, os seus restantes órgãos parecem estar intactos, o que é importante durante os próximos dois a três dias em que temos que manter atenção sobre questões de infecção e coagulação de sangue", explicou.

Segundo Notaras, uma das balas que atingiu Ramos Horta terá entrado e saído no seu corpo, estando ainda fragmentos de outra no interior da sua cavidade torácica. A intervenção cirúrgica a que está a ser sujeito é uma "combinação de estabilização, de reparação dos vasos sanguíneos" e "consistente em garantir uma boa recuperação", explicou Notaras.

Ramos Horta chegou a Darwin num voo médico procedente de Díli cerca das 17:00 locais, tendo sido transportado numa ambulância com cuidados intensivos integrada numa coluna de dois outros veículos, num dos quais seguia a sua irmã, Rosa Carrascalão.

Ligado a várias máquinas e numa maca, Ramos Horta entrou no hospital perante uma forte presença de agentes da polícia de Darwin.

Durante a viagem de Díli Ramos Horta foi colocado em coma induzido, com apoio respiratório e "apoio integro de vida", tendo um porta-voz do Careflight, a empresa responsável pelo transporte, afirmado que o líder timorense estava "muito crítico".

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