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Sismo no Chile afecta produção de papel

O sismo de magnitude 8.8 na escala de Richter que assolou o Chile no passado dia 27 de Fevereiro o maior dos últimos 50 anos , não só provocou danos nas fábricas de celulose, paralisando a produção este mês, como também está a afectar as fábricas de produção de bens derivados, como o papel higiénico e o papel usado pela imprensa escrita.

15 de Março de 2010 às 16:31
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O sismo de magnitude 8.8 na escala de Richter que assolou o Chile no passado dia 27 de Fevereiro – o maior dos últimos 50 anos –, não só provocou danos nas fábricas de celulose, paralisando a produção este mês, como também está a afectar as fábricas de produção de bens derivados, como o papel higiénico e o papel usado pela imprensa escrita.

A este cenário somam-se os problemas de distribuição das fábricas, tanto devido aos danos nas instalações como devido aos cortes de estradas e de energia, o que reduziu a disponibilidade dos produtos, salienta o “Diário Financeiro Online”. A acrescer ao problema está o aumento da procura por parte dos consumidores.

No que diz respeito ao papel para jornais e revistas, os maiores produtores no Chile – a CMPC, a Inforsa e a norueguesa Norske Slog – têm as suas fábricas paralisadas. Glen Rybertt, responsável da Norske, disse que o sismo levou a que a empresa declarasse estado de força maior nos contratos de clientes e fornecedores, estado a Norske à procurar alternativas de abastecimento, refere o “Diário Financeiro Online”.

Os distribuidores sublinham que também existe uma menor disponibilidade de papel de impressão e de fotocópias devido à paralisação da produção de celulose.

Um executivo deste sector, citado pelo “Diário Financeiro Online” explicou que, nestes casos, o Brasil e Portugal são os principais países a partir dos quais se pode importar, mas salientou que o produto tem vindo a encarecer depois da queda da produção, decorrente da crise financeira, cenário que poderá agravar-se com o aumento de 25 dólares na celulose depois do sismo no Chile.

No final da semana passada, o preço da pasta europeia de referência subiu para 875,62 dólares por tonelada, registando o maior aumento semanal de quase seis anos, segundo a FOEX Indexes.

A pasta na Europa poderá chegar aos 1.000 dólares por tonelada, acima do pico de 1995, dentro de poucos meses, comentou na sexta-feira à Bloomberg um analista deste sector, Kurt Schaefer.

A escalada do preço da pasta, que por sua vez impulsiona o preço do papel, marca uma viragem no mercado das fabricantes de pasta e papel, como a finlandesa Stora Enso e a norueguesa Norske Skog, que passaram anos a reduzir a produção para ver se conseguiam fazer subir os preços da pasta e papel, salientou ainda a Bloomberg.

Estas notícias fizeram disparar as cotações da Altri, Semapa e Portucel na quinta-feira, dando-se depois uma correcção na sessão seguinte.

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