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Sindicatos prometem guerra contra as medidas de austeridade de Zapatero

O secretário-geral da UGT, Cándido Méndez, anunciou "uma mudança" na relação com o Governo de Zapatero e mobilizações para as próximas semanas, reagindo, assim, às medidas de austeridade apresentadas pelo primeiro-ministro espanhol.

12 de Maio de 2010 às 17:04
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O secretário-geral da UGT, Cándido Méndez, anunciou “uma mudança” na relação com o Governo de Zapatero e mobilizações para as próximas semanas, reagindo, assim, às medidas de austeridade apresentadas pelo primeiro-ministro espanhol.

Zapatero anunciou hoje que pretende reduzir em 5% os salários dos funcionários públicos este ano. No próximo, ficarão congelados e os políticos vão sofrer um corte mais pronunciado. A redução no salário dos funcionários, anunciada esta manhã no Parlamento, terá efeitos já a partir de Junho. E, segundo noticia a imprensa espanhola, será proporcional aos níveis salariais. Os membros do Governo terão, por isso, um corte de 15%. Cándido Méndez criticou o “duro ajuste” que supõe a redução do ordenado dos funcionários e que afectará “centenas de milhares de trabalhadores” em que 25% são temporários e têm salários baixos. “É um duro golpe para a economia destas famílias”, afirmou.

O secretário-geral da unidade sindical, CCOO, Ignacio Fernández Toxo, anunciou também que não concorda com as medidas adicionais para a contenção do défice e que o plano é “injusto” e “anti-económico”, por isso não descarta a possibilidade de greve.

Também, a União Sindical Obrera (USO) não ficou satisfeita com as medidas de Zapatero, e afirma que com este plano, quem paga a crise do défice são os cidadãos. A USO denuncia que estas medidas são “um corte nos direitos dos trabalhadores”, e que deviam ter “uma resposta à mesma altura na rua”.

Em resposta ao corte na despesa em medicamentos, também a Federación Empresarial de Farmacéuticos Españoles (FEFE) anunciou que “são medidas com falta de imaginação e que vão voltar a actuar sobre os preço”, cita o “Expansión”. Por outro lado, o comissário europeu da Competência, Joaquín Almunia, acredita que as medidas terão um efeito positivo, cita o espanhol “Expansión”.

Joaquín Almunia afirmou que tem esperança que as medidas de corte da despesa pública contribuam para criação de emprego e que “vai haver uma partilha mais equitativa das consequências da crise e dos esforços para superá-la”.

O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, partilha da opinião de Almunia de que as novas medidas estão em “boa direcção”.
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