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Sérgio Vieira de Mello morre em atentado em Bagdad (act.)

O brasileiro Sérgio Vieira de Mello, enviado especial da Organização das Nações Unidas no Iraque, faleceu hoje em consequência do atentado à sede da ONU, em Bagdad, que vitimou pelo menos outras 15 pessoas, confirmou o porta-voz da Organização.

19 de Agosto de 2003 às 19:07
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O brasileiro Sérgio Vieira de Mello, enviado especial da Organização das Nações Unidas no Iraque, faleceu hoje em consequência do atentado à sede da ONU, em Bagdad, que vitimou pelo menos outras 15 pessoas, confirmou o porta-voz da Organização.

Sérgio Vieira de Mello, nascido a 15 de Março de 1948, no Rio de Janeiro, era Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, desde 12 de Setembro de 2002.

O rosto deste diplomata ficou conhecido dos portugueses devido essencialmente à sua participação no processo de independência de Timor, onde Sérgio de Mello foi representante especial do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e administrador transitório da Organização (UNTAET) entre Outubro de 1999 e Maio de 2002.

Doutorado em Filosofia (1974) e Ciências Humanas (1985) pela Sorbonne, Vieira de Mello ingressou na ONU com 21 anos, tendo feito toda a sua carreira nas Nações Unidas.

O representante brasileiro foi enviado ao Bangladesh (1971/72), ao Sudão (1973/74), a Chipre (1974/75), a Moçambique (1975/77), ao Peru (1978/80), ao Líbano (1981/83), ao Cambodja (1991/92), à Jugoslávia (1993/94), à região dos Grandes Lagos (1996) e ao Kosovo (1999), além de Timor e Iraque.

Sérgio Vieira de Mello era casado e tinha dois filhos.

A explosão que causou a destruição parcial do Hotel Canal, onde estava sedeada a delegação da ONU no Iraque, registou-se às 16h40 locais, 13h40 em Lisboa, quando o veículo armadilhado parou em frente do edifício e a carga explosiva foi accionada.

Fontes militares norte-americanas confirmaram ainda às agências noticiosas que a explosão, possivelmente causada por um ataque terrorista suicida, ocorreu debaixo de uma janela da sala onde se encontrava nessa altura reunido Vieira de Mello com outros funcionários da ONU.

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