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Sem OE "vamos ter mais dificuldade em assegurar" que o ritmo de retoma se mantém, diz Siza

Se não houver um Orçamento do Estado "aprovado tão cedo quanto possível", o Governo terá "mais dificuldade em assegurar que o ritmo de retoma se mantém desta forma", afirma o ministro da Economia.

João Cortesão
11 de Novembro de 2021 às 11:03
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A Comissão Europeia reviu em alta as estimativas de crescimento da economia portuguesa para o conjunto deste ano e do próximo, mas alertou para a incerteza provocada pelo chumbo do Orçamento do Estado (OE) para 2022. Um risco que Siza Vieira, ministro da Economia, reconhece, notando que se não houver um OE aprovado rapidamente será mais difícil assegurar a manutenção do ritmo da retoma.

"De facto este [chumbo do OE] é um risco. Se não tivermos um OE aprovado tão cedo quanto possível, vamos ter mais dificuldade em assegurar que o ritmo de retoma se mantém desta forma", afirmou Siza Vieira, em declarações transmitidas pela RTP3, durante o 32.º Congresso da Hotelaria e Turismo, em Albufeira. Nesse sentido, "precisamos de estar atentos a isto", referiu.

Notou, no entanto, que "há dois anos que governo em crise e a gerir riscos e, portanto, o que temos procurado fazer é responder às circunstâncias", nomeadamente dando uma "resposta muito flexível para ajudar as empresas", seja quando faltam clientes, perante um aumento dos combustíveis ou num momento em que "é preciso gerir mais essa incerteza associada à ausência de OE e à necessidade de eleições".

Siza Vieira sublinhou ainda que a "economia está num bom momento" e que "estamos bem preparados". As declarações são feitas depois de a Comissão Europeia revisto as suas previsõesesperando agora que o produto interno bruto nacional cresça 4,5% este ano e 5,3% no próximo.

Ainda assim, Bruxelas admite que há riscos que podem levar a uma revisão em baixa da estimativa de crescimento, ligados sobretudo ao turismo. Alertou ainda para o problema em torno do OE: "Ao mesmo tempo, as incertezas relacionadas com a adoção de um orçamento para 2022 representam um fator de risco adicional", refere.
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