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Seguro não se compromete com descida do IRS

O secretário-geral do PS afirmou hoje que o seu partido “não assinará nenhum cheque em branco”, que continua a defender eleições antecipadas, mas não se comprometeu com uma descida dos impostos, nomeadamente do IRS.

Bruno Simão/Negócios
07 de Novembro de 2013 às 21:35
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Em entrevista transmitida pela TVI e conduzida por Judite de Sousa, António José Seguro voltou a repetir muito do que tem vindo a dizer, nomeadamente ao nível de acordos para um entendimento com o Governo e eleições antecipadas, mas não se comprometeu com descidas de impostos numa entrevista marcada por respostas vagas.

 

Quando questionado sobre o porquê de o PS não chegar a um acordo com o Governo apesar de todos os apelos, Seguro respondeu que o Executivo “ignorou  sistematicamente as propostas do PS” apesar de o seu partido ter tentado esse acordo.

 

“E mesmo depois da moção de censura que apresentámos em Abril fomos sensíveis ao Presidente da República  e durante semanas houve várias reuniões”, explicou, lamentando que

o Governo “teima em aplicar uma política de cortes na reforma e salários. E isso o PS não pode aceitar”

 

Não é uma birra? Questionou Judite, ao que o António José Seguro respondeu com “perante uma posposta do Governo nós apresentamos uma alternativa”. E perante a insistência da entrevistadora na questão de futuros acordos, o responsável voltou a ser vago: “o PS não faltará a nenhum debate mas não assinaremos um cheque em branco”.

 

"Troika e Governo estão a ver mal o problema"

 

De facto, segundo o líder do PS, há hipóteses para um acordo mas no Parlamento. Para António José Seguro “a troika e o Governo estão a ver mal o problema”.

 

Tudo porque “Governo e troika já aplicaram o dobro da austeridade do memorando”, ou seja, disse, “cinco mil milhões de euros de austeridade para nada”, defendendo que o Governo “vai ter que explicar porque é que pediu tanta austeridade e não conseguiu regressar aos mercados de forma independente”.

 

“A questão que temos que colocar é se em Junho de 2014, Portugal está melhor ou pior. Para mim está pior”, defendeu.

 

E quanto a assinar nova ajuda, o responsável volta a não responder directamente. “Não confundo regressar a mercados de forma independente de dependente. Se precisar de um programa qual é a natureza do mesmo? É um segundo resgate? é um programa cautelar?

 

Mas na hipótese de ser programa cautelar, explica que “o PS não fugirá às suas responsabilidades e perante o que estiver em cima da mesa logo verá-. Se Portugal precisar tenho que saber que condições são exigidas de novo aos portugueses”.

 

António José Seguro disse ainda que “a minha prioridade é o caminho para sairmos desta situação”, mas reforçou que “o PS continua a defender eleições antecipadas. A moção foi  apresentada por alguma razão. O problema não se coloca porque o Presidente da República não vê razões para isso. Já teria sido vantajoso haver eleições, porque este governo continua a prejudicar o País”, afiançou.

 

Mas quando questionado sobre se daria para baixar impostos em 2015, a resposta foi mais vaga apesar de ter dito que o “IVA nunca devia ter sido aumentado”. Em relação ao IRC defende que “há condições para haver uma redução” mas, disse por outro lado “não chega, é preciso ver o lado da procura.

 

Em relação ao IRS, continuou, “seria mais prudente, mas vamos fazer todos os esforços, começando pela eliminação da sobretaxa. Qualquer redução de impostos tem que passar pelo crivo da sustentabilidade”.

 

António José Seguro defendeu ainda a fiscalização sucessiva pelo Tribunal Constitucional das convergências das pensões.

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