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Seguro: “Foi uma semana de altas pressões”

Pressões internas, pressões externas, para assinar um acordo, para não assinar. António José Seguro, líder do PS, sublinha que resistiu a todas elas.

Bruno Simão/Negócios
22 de Julho de 2013 às 09:55
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O líder do partido socialista (PS), António José Seguro, diz que chegou a sexta-feira convencido de que iria haver acordo com os partidos da coligação (PSD e CDS/PP). Mas, na hora da verdade, isso acabou por cair por terra. Seguro diz ter sofrido, ao longo destas duas semanas, inúmeras pressões de todo o tipo e vindas “de todo o lado”.

 

“As minhas convicções são muito mais fortes que todas as pressões que possam surgir”, começou por dizer Seguro, em entrevista ao “Jornal de Notícias”, sobre o clima de tensão vivido nestas últimas duas semanas.

 

“A primeira pressão que recebi foi para não entrar neste processo de diálogo. (…) Depois, houve várias pressões para que eu assinasse um acordo cujo conteúdo não subscrevia, e eu também resisti a essas pressões. Não há nenhuma pressão que tenha sido feita a que eu não tenha resistido”, reforçou o socialista, revelando estar a falar de “pressões internas, externas, de todo o lado”.

 

Não há nenhuma pressão que tenha sido feita a que eu não tenha resistido
 
António José Seguro, líder do PS

 

Seguro lembra que também resistiu mas desta vez às “provocações do primeiro-ministro” e manteve o silêncio quando Passos Coelho falou durante o debate da moção de censura e na reunião do Conselho Nacional do PSD.

 

“Na sexta-feira houve elementos que faziam prever a possibilidade de haver acordo”


O socialista diz que chegou a estar convencido, na quinta e mesmo na sexta-feiras, de que seria alcançado um acordo tripartido, mas “no momento da verdade, o PSD e o CDS mantiveram as suas posições, que posso sintetizar em políticas de cortes e em políticas de austeridade”. “Da parte dos partidos do Governo havia uma irredutibilidade no sentido de mudar as suas políticas”, o que acabou por comprometer esta solução proposta por Cavaco Silva.

 

Mas não houve cedências durante as negociações? “Houve uma aproximação de um dos partidos a esse ponto [descer o IVA na restauração]”, mas o que estava “em causa”, refere Seguro, “não era a medida A ou a medida B”, mas sim “dois caminhos alternativos”.

 

Em relação a propostas concretas do PS, António José Seguro, diz que tudo fará para baixar o IRS, embora saiba que tal não é para já possível. “Neste momento não estou em condições de poder ir mais além, mas posso prometer que tudo farei para baixar o IRS”, garantiu, sublinhando que “a sobretaxa do IRS é para desaparecer, quando houver condições para isso”.

 

Neste momento não estou em condições de poder ir mais além, mas posso prometer que tudo farei para baixar o IRS
 
António José Seguro, líder do PS

 

Uma medida que daria para aplicar já era baixar o IRC, o que iria ao encontro daquela que é uma das prioridades apresentadas pelo partido socialista (e exigidas este domingo pelo Presidente da República): criação de emprego.

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