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Secretas: PSD condena actuação do ex-adjunto do ministro Miguel Relvas
O PSD condenou hoje a actuação do jornalista Adelino Cunha, ex-adjunto do ministro Miguel Relvas, que se demitiu após serem públicos contactos que teve com o ex-diretor do Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Silva Carvalho.
30 de Maio de 2012 às 20:12
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Num dos pontos da sua intervenção, em que negou qualquer envolvimento do ministro Miguel Relvas nas actividades atribuídas ao ex-diretor do SIED, José Matos Correia abordou a questão do adjunto do ministro ter tido contactos com Jorge Silva Carvalho já na presente legislatura sobre matéria do foro parlamentar.
Sobre mensagens de Jorge Silva Carvalho com nomes de agentes que chegaram ao telemóvel de Miguel Relvas, quando era secretário-geral do PSD, José Matos Correia, também membro do Conselho Superior de Informações, frisou que os nomes dos agentes estão protegidos pelo segredo de Estado.
"Quero crer que, quando esses nomes foram enviados ao senhor ministro, o senhor ministro também não sabia que eles era agentes. Estes são factos", frisou.
Ainda de acordo com Matos Correia, os nomes em causa, que terão sido enviados por Silva Carvalho, "não só não foram nomeados, como alguns deles foram exonerados em função de actos eventualmente ilícitos que terão praticado".
A intervenção de José Matos Correia foi ainda marcada por duras críticas ao Bloco de Esquerda e ao PCP, acusando estas forças políticas de assumirem um comportamento "inquisitorial" e de "nada terem conseguido demonstrar do ponto de vista factual".
José Matos Correia dirigiu-se mesmo directamente à deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório: "A senhora deputada, até agora, tal há 15 dias atrás, provou zero".
No final desta intervenção, o deputado do PCP João Oliveira usou a ironia para caracterizar as posições assumidas por José Matos Correia: "O senhor deputado [do PSD] é um excelente defesa central".