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Secil admite vender participação na Cimpor; estuda expansão internacional
A Secil admite vender a sua posição de 10% no capital da Cimpor, bem como apostar na expansão dos seus negócios a nível internacional, depois de não ter concorrido à ultima fase de privatização da...
«Temos que analisar se ficamos ou não na Cimpor» disse Queirós Pereira, após ter explicado as razões que levaram a Secil a não concorrer à última fase de privatização da Cimpor, sublinhando que «não vamos ficar só por ficar».
Referindo aos critérios do concurso público, Queirós Pereira sublinhou que os mesmos davam primazia a companhias com experiência no sector cimenteiro, mas que, no entanto, o único concorrente, a construtora Teixeira Duarte, não é pertencente ao sector.
O líder da Secil afirmou recentemente que o Governo teria prejudicado financeiramente a sua empresa, pelo facto desta ter suspendido a sua expansão internacional à espera de poder vir a adquirir uma posição de controle na cimenteira liderada por Sousa Gomes.
Com a eventualidade de vir a alienar a sua participação na Cimpor, e devido ao facto de não ter de suportar o esforço financeiro decorrente de uma entrada no concurso, a Secil poderá agora investir na sua expansão internacional, disse Queirós Pereira.
Secil com capacidade financeira para expansão internacionalQuestionado sobre o montante do investimento a disponibilizar para a expansão internacional, Queirós Pereira adiantou que a empresa detém 300 milhões de euros (60 milhões de contos), mais «quatro vezes o valor da aquisição» a levar cabo pela Secil.
Carlos Alves, administrador da Secil, afirmou hoje que a empresa está a analisar «oportunidades em aberto», em particular na bacia do Mediterrâneo e no Brasil, à semelhança do que Queirós Pereira já havia adiantando recentemente em conferência de imprensa, referindo, no entanto, que «não estão a decorrer negociações, nem nunca as houve».
A Cimpor encerrou a perder 0,79% para os 25,25 euros (5.062 escudos).