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Schaeuble admite descida da taxa de juro nos empréstimos inseridos nos resgates

Para o ministro das Finanças alemão, é "certo" que os privados vão estar envolvidos no resgate aos helénicos. Mas o país precisa de começar a vender activos "imediatamente".

12 de Julho de 2011 às 14:07
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O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, admitiu hoje uma descida das taxas de juro sobre os empréstimos incluídos nos resgates aos países europeus. E salientou que é uma diminuição que não se refere apenas à Grécia.

Ontem, o Eurogrupo afirmou que estaria pronto a “adoptar medidas adicionais” que pudessem impedir os riscos de contágio da Zona Euro, que parece ter entrado numa nova fase esta semana, com os medos de um efeito “dominó” à Espanha e Itália. O comunicado dos ministros das Finanças da Zona Euro referia-se, precisamente, à redução das taxas de juro, como referiu hoje Schaeuble.

Um dos aspectos que tem sido levantado relativamente aos resgates europeus é que as medidas de austeridade recessivas impedem um crescimento que permite pagar empréstimos com juros elevados. Razão que levou os países resgatados a pedir uma redução dos mesmos. A Grécia conseguiu que estes descessem um ponto percentual para perto dos 4,5%.

Contudo, a Irlanda tem vindo a pagar juros de perto de 5,9%, o que tem sido criticado pelo respectivo Executivo. O facto de o país não querer aumentar a taxa de IRC como medida de austeridade leva a que alguns congéneres europeus, como a Alemanha, se oponham à redução. Fica em aberto, portanto, se as afirmações de hoje de Wolgang Schaeuble se referem também ao empréstimo aos irlandeses.

O ministro alemão disse hoje também que recusa a emissão de obrigações europeias à luz da actual situação política. E, da mesma forma, não vê necessário um incremento da capacidade do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). Diz que “um aumento [dos fundos do FEEF] sem uma solução para os problemas subjacentes não resolve nada”.

Numa conferência de imprensa depois da reunião dos ministros das Finanças da União Europeia, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, defendeu hoje que é “certo” que os investidores vão estar envolvidos no segundo plano de resgate à Grécia, que está a ser discutido neste momento.

O ministro germânico defendeu em Bruxelas que é necessário um trabalho “enérgico”, mesmo que dê as “boas-vindas” aos privados na participação dos custos do resgate. “A Grécia tem de implementar as privatizações imediatamente”, concluiu.

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