Nicolas Sarkozy, quer acabar com os chamados "golden parachutes" nas cotadas francesas. O recém-eleito presidente francês quer introduzir regras societárias que impeçam os executivos de receber "bónus generosos" quando saem das respectivas empresas sem que antes tenham cumprido os objectivos de performance fixados.

Os critérios de performance deverão ser definidos por cada uma das cotadas, mas terão que ser divulgados publicamente e votados pelos accionistas em assembleia-geral. "No performance, no bonus", afirmou Sarkozy em entrevista ao jornal "Le Figaro",hoje citada pelo "Financial Times".

Indo ao encontro das promessas eleitorais com vista a um "capitalismo mais ético" - expressão que utilizou durante a campanha - Sarkozy diz querer acabar com situações que deram origem a alguns escândalos salariais recentes. Entre estes, o pacote de rescisão do ex-CEO da construtora aeronáutica EADS, Noël Forgeard, que ascendeu a 12,5 milhões de euros.

Com as futuras regras, Sarkozy quer também limitar a atribuição de planos de "stock options" de forma a que estes passem a ser disponibilizados ao valor do mercado das acções da empresa e apenas se forem adoptados esquemas semelhantes para os restantes colaboradores.