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Sarkozy insiste na taxa Tobin mesmo com oposição de membros do governo

Ministra francesa do Orçamento disse hoje que o país não tem condições para avançar com a proposta sozinho. Mesmo perante a oposição de membros do governo, Sarkozy insiste.

10 de Janeiro de 2012 às 15:14
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“Se a França esperar pelos outros para taxar as transacções financeiras, então as transacções financeiras nunca serão taxadas”, afirmou hoje o presidente francês, Nicolas Sarkozy, citado pela Bloomberg.

Há vários meses que o presidente francês insiste na aplicação de um imposto sobre as transacções financeiras, a chamada taxa Tobin, mesmo sem o apoio dos parceiros europeus e do presidente dos Estados Unidos.

Barack Obama deixou claro, no âmbito da cimeira do G-20 que os americanos têm uma proposta alternativa que passa por aplicar uma taxa de responsabilidade na crise financeira, sobre as maiores instituições financeiras.

A insistência de Sarkozy tem encontrado oposição no seio da comunidade financeira francesa, e agora, até dentro do próprio governo.

Esta manhã, a ministra francesa do Orçamento sublinhou que não vale a pena avançar com uma medida, quando França se encontra sozinha, sem o apoio dos pares europeus.

“Esta taxa só faz sentido se for implementada em toda a Europa, porque se França avançar sozinha, obviamente que será revertida”, advertiu a ministra do Orçamento, Valerie Pecresse.

As discordâncias dentro do governo francês opõem alguns ministros ao próprio chefe do executivo francês, Francois Fillon, que assegurou ontem que a França poderá apresentar já no próximo mês de Fevereiro a sua proposta para a taxação das transacções financeiras.

“Alguém tem de ser o primeiro a atirar-se á água”, disse.
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