Notícia
Rússia garante que já levantou bloqueio aos portos ucranianos
O bloqueio naval russo aos portos da Ucrânia, na sequência da invasão russa, em 24 de fevereiro, impediu a exportação de cereais a partir deste país, que é um dos principais fornecedores mundiais, enquanto as sanções ocidentais à Rússia fizeram escalar o preço dos fertilizantes e da energia, o que afetou a produção agrícola mundial.
24 de Julho de 2022 às 16:45
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, afirmou este domingo no Cairo que já foi levantado o bloqueio aos portos ucranianos, após o acordo alcançado na sexta-feira em Istambul, e atribuiu a crise alimentar mundial às sanções ocidentais contra Moscovo.
"Confirmamos o compromisso dos exportadores russos de cereais em cumprir todas as suas obrigações", disse Sergei Lavrov numa conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo egípcio, Sameh Shukri, no Cairo, onde iniciou uma visita a vários países africanos.
"O Presidente Vladimir Putin também sublinhou isso durante uma recente conversa telefónica com o Presidente egípcio [Abdel Fattah] al-Sisi", continuou Lavrov, que, na próxima semana, deverá também visitar o Uganda, a Etiópia e o Congo.
Segundo afirmou, "houve uma iniciativa do secretário-geral da ONU e o bloqueio imposto aos portos ucranianos foi efetivamente levantado, sendo que a outra parte da iniciativa é levantar o cerco às exportações russas de trigo".
Lavrov reiterou, contudo, que, para abrir um caminho seguro para a saída dos cereais armazenados nos silos da Ucrânia, um dos maiores fornecedores de cereais do mundo, este país deve primeiro remover as minas que colocou nos seus portos no início da invasão russa do seu território.
"O lado ucraniano deve retirar as minas que colocou em portos e praias. Há vários navios retidos nestes portos devido ao perigo dessas minas", disse.
Por outro lado, sublinhou que o acordo alcançado na sexta-feira na Turquia inclui "remover todos os obstáculos à circulação de navios russos no mundo".
Lavrov não fez qualquer referência ao ataque no sábado contra o porto de Odessa, já depois da assinatura do pacto. Segundo o seu porta-voz, este ataque foi dirigido contra uma infraestrutura militar.
Insistindo em culpar os países ocidentais pela crise alimentar global causada pela guerra na Ucrânia, Lavrov sustentou que "as sanções contra algumas empresas exportadoras e bancos, bem como as sanções à circulação de navios russos nos portos, levaram à crise alimentar".
"Esta crise alimentar e a pandemia são dois erros cometidos pelo Ocidente na questão alimentar", acrescentou Lavrov, relacionando também, sem dar mais detalhes, a crise da covid-19 com esta situação.
O acordo assinado sexta-feira em Istambul entre a Rússia e a Ucrânia, sob a égide da ONU, prevê o estabelecimento de "corredores seguros" para permitir a circulação no Mar Negro de navios mercantes, que Moscovo e Kiev se comprometem a não atacar.
O objetivo é permitir a exportação de 20 a 25 milhões de toneladas de cereais atualmente bloqueados na Ucrânia e facilitar as exportações agrícolas russas, reduzindo assim o risco de uma crise alimentar global, particularmente em África.
No âmbito deste acordo, a Rússia obteve garantias de que as sanções ocidentais não se aplicarão, direta ou indiretamente, às suas exportações de produtos agrícolas e fertilizantes.
"O secretário-geral [da ONU] assumiu a responsabilidade de levantar estas restrições ilícitas, decididas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, contra as cadeias logísticas e financeiras [russas]", reafirmou Lavrov.
O bloqueio naval russo aos portos da Ucrânia, na sequência da invasão russa, em 24 de fevereiro, impediu a exportação de cereais a partir deste país, que é um dos principais fornecedores mundiais, enquanto as sanções ocidentais à Rússia fizeram escalar o preço dos fertilizantes e da energia, o que afetou a produção agrícola mundial.
Na conferência de imprensa deste domingo no Cairo, o chefe da diplomacia russa manifestou ainda "satisfação mútua" com as relações entre Moscovo e o Egito, mencionando a construção em curso da primeira central nuclear no Egito, confiada a Moscovo.
Lavrov anunciou também que, em meados de 2023, terá lugar uma nova cimeira russo-africana, após um primeiro encontro na cidade russa de Sochi, em 2019, e que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha previsto realizar este ano.
"Confirmamos o compromisso dos exportadores russos de cereais em cumprir todas as suas obrigações", disse Sergei Lavrov numa conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo egípcio, Sameh Shukri, no Cairo, onde iniciou uma visita a vários países africanos.
Segundo afirmou, "houve uma iniciativa do secretário-geral da ONU e o bloqueio imposto aos portos ucranianos foi efetivamente levantado, sendo que a outra parte da iniciativa é levantar o cerco às exportações russas de trigo".
Lavrov reiterou, contudo, que, para abrir um caminho seguro para a saída dos cereais armazenados nos silos da Ucrânia, um dos maiores fornecedores de cereais do mundo, este país deve primeiro remover as minas que colocou nos seus portos no início da invasão russa do seu território.
"O lado ucraniano deve retirar as minas que colocou em portos e praias. Há vários navios retidos nestes portos devido ao perigo dessas minas", disse.
Por outro lado, sublinhou que o acordo alcançado na sexta-feira na Turquia inclui "remover todos os obstáculos à circulação de navios russos no mundo".
Lavrov não fez qualquer referência ao ataque no sábado contra o porto de Odessa, já depois da assinatura do pacto. Segundo o seu porta-voz, este ataque foi dirigido contra uma infraestrutura militar.
Insistindo em culpar os países ocidentais pela crise alimentar global causada pela guerra na Ucrânia, Lavrov sustentou que "as sanções contra algumas empresas exportadoras e bancos, bem como as sanções à circulação de navios russos nos portos, levaram à crise alimentar".
"Esta crise alimentar e a pandemia são dois erros cometidos pelo Ocidente na questão alimentar", acrescentou Lavrov, relacionando também, sem dar mais detalhes, a crise da covid-19 com esta situação.
O acordo assinado sexta-feira em Istambul entre a Rússia e a Ucrânia, sob a égide da ONU, prevê o estabelecimento de "corredores seguros" para permitir a circulação no Mar Negro de navios mercantes, que Moscovo e Kiev se comprometem a não atacar.
O objetivo é permitir a exportação de 20 a 25 milhões de toneladas de cereais atualmente bloqueados na Ucrânia e facilitar as exportações agrícolas russas, reduzindo assim o risco de uma crise alimentar global, particularmente em África.
No âmbito deste acordo, a Rússia obteve garantias de que as sanções ocidentais não se aplicarão, direta ou indiretamente, às suas exportações de produtos agrícolas e fertilizantes.
"O secretário-geral [da ONU] assumiu a responsabilidade de levantar estas restrições ilícitas, decididas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, contra as cadeias logísticas e financeiras [russas]", reafirmou Lavrov.
O bloqueio naval russo aos portos da Ucrânia, na sequência da invasão russa, em 24 de fevereiro, impediu a exportação de cereais a partir deste país, que é um dos principais fornecedores mundiais, enquanto as sanções ocidentais à Rússia fizeram escalar o preço dos fertilizantes e da energia, o que afetou a produção agrícola mundial.
Na conferência de imprensa deste domingo no Cairo, o chefe da diplomacia russa manifestou ainda "satisfação mútua" com as relações entre Moscovo e o Egito, mencionando a construção em curso da primeira central nuclear no Egito, confiada a Moscovo.
Lavrov anunciou também que, em meados de 2023, terá lugar uma nova cimeira russo-africana, após um primeiro encontro na cidade russa de Sochi, em 2019, e que o Presidente russo, Vladimir Putin, tinha previsto realizar este ano.