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Roubini alerta para “espuma, bolhas e risco” nos mercados e garante que mais vão “explodir” como a Archegos

O economista considera que o ambiente de juros baixos, combinado com estímulos orçamentais, levou os investidores a assumir riscos excessivos, e que uma subida dos juros das treasuries poderá desencadear novos colapsos.

07 de Abril de 2021 às 12:13
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Nouriel Roubini, o economista que ficou conhecido como "profeta da desgraça" por ter antecipado a crise financeira global, identifica vários riscos nos mercados e acredita que o colapso da Archegos Capital Management, de Bill Hwang, não será um caso isolado.

Em entrevista à Bloomberg, o antigo conselheiro do governo dos Estados Unidos antecipou que um novo aumento dos juros do Tesouro poderá ditar um fim semelhante para outros family offices e hedge funds.

Isto porque, na visão de Roubini, a combinação de juros baixos ou negativos nas economias avançadas e estímulos orçamentais levou os investidores a assumir riscos excessivos, com o professor da Universidade de Nova Iorque a apontar para os rácios preço-lucro (ajustados ciclicamente) aos níveis de 1929 e início dos anos 2000 com um sinal de imprudência.

"Estamos a ver uma expansão generalizada de espuma, bolhas, assunção de riscos e alavancagem", afirmou em entrevista à Bloomberg TV. "Muitos players assumiram riscos e um nível de alavancagem excessivos e alguns deles vão explodir".

Roubini junta-se assim a outros investidores, incluindo Scott Minerd, da Guggenheim Investments, nos alertas sobre a possibilidade de mais fenómenos como o da Archegos que, para o economista, poderão ser desencadeados por um aumento dos juros da dívida soberana dos EUA a 10 anos para mais de 2%. Este mesmo nível foi apontado por especialistas do Bank of America como um dos maiores riscos para os mercados acionistas.

No entanto, este não é o único perigo a que os investidores devem estar atentos, segundo Roubini, que sinaliza também riscos relacionados com o regresso da inflação e a perspectiva de uma "guerra quente" entre os Estados Unidos e a China.

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