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Rio aposta tudo no "Congresso da Boa Esperança"

O presidente do PSD, Rui Rio, qualificou hoje a reunião magna do partido como o "Congresso da Boa Esperança", um otimismo seguido por Carlos Moedas, que acredita que a vitória de Lisboa catapultará o partido para uma vitória. Vitória, sim, mas sendo realmente "uma alternativa ao PS", avisa Rangel.

Estela Silva
18 de Dezembro de 2021 às 17:30
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O presidente do PSD, Rui Rio, qualificou hoje a reunião magna do partido como o "Congresso da Boa Esperança", escusando-se a abordar uma eventual presença do ex-líder social-democrata Santana Lopes em Santa Maria da Feira.

À entrada para o Europarque, em Santa Maria da Feira (Aveiro), onde está a decorrer o 39.º Congresso do partido, Rui Rio foi questionado pelos jornalistas sobre a eventual presença de Santana Lopes na reunião – o canal televisivo CNN Portugal avançou que o autarca da Figueira da Foz e ex-líder social-democrata está a ponderar ir ao congresso -, Rui Rio respondeu apenas: "Eu sei lá".

Interpelada sobre o repto lançado por João Montenegro no jornal Diário de Notícias para que Santana Lopes se deslocasse ao congresso, Rui Rio aproveitou um equívoco de um jornalista, que confundiu João Montenegro com João Bartolomeu, para afirmar que Bartolomeu só conhece "o Bartolomeu Dias".

"Dobrou o Cabo da Boa Esperança, ou melhor, primeiro até era o Cabo das Tormentas e, depois, quando ele passou, passou a ser da Boa Esperança", frisou. O presidente do PSD aproveitou assim a deixa para qualificar o atual congresso como o "Congresso da Boa Esperança".

Rui Rio afirmou ainda que, no que se refere às listas que irá propor ao Congresso, falta apenas definir o "sétimo lugar" para a Mesa do Conselho Nacional, afirmando, no entanto, que essa escolha não "é difícil".

Rodeado por jornalistas que o acompanharam desde que entrou no recinto do Europarque até à sala onde decorre o congresso, o líder social-democrata dirigiu-se às televisões afirmando que, "se perder as eleições e for para administração de um canal de televisão", irá "ter de reduzir os custos".

"Vocês estão aqui a gastar dinheiro em recursos humanos, em câmaras, em microfones, estão a gastar aqui um dinheirão. (…) Se perder as eleições, tenho de dar um jeito nas televisões. (…) Depois têm prejuízos, temos que fazer entradas de capital", brincou o líder social-democrata.

Conquista em Lisboa pode "catapultar" PSD

Foi também de otimismo o tom de Carlos Moedas, convicto de que a conquista da autarquia da capital pode catapultar o PSD para uma vitória nas legislativas. "Acho que a vitória [em Lisboa] foi muito importante, deu uma dinâmica muito importante, e, como disse muitas vezes na campanha, acho que de Lisboa vamos ganhar o país. E, portanto, é isso que venho aqui dizer, para estarmos unidos, porque é a hipótese que temos de ganhar o país", afirmou o autarca.

Ao entrar para o congresso, Moedas apelou à união do partido, lembrando que foi isso que "fez a diferença" nas autárquicas, em Lisboa. "Estou aqui como presidente da Câmara de Lisboa para dar muito ânimo a toda a gente. E estou aqui para dar um grande abraço a Rui Rio, mas também a Paulo Rangel e a todos os que estão aqui que fazem o partido, que fazem esta união, que pode mudar as coisas em Portugal", sublinhou.

O autarca considerou ainda que os portugueses estão cansados e querem uma mudança, assinalando que há "uma asfixia de cansaço", e deu conta do esforço que fez para estar presente no Congresso, em Santa Maria da Feira, para agradecer a todos os militantes que o apoiaram nas autárquicas.

"Eu costumava vir como militante de base e estou aqui como presidente da Câmara de Lisboa é uma sensação fantástica vir aqui agradecer a tantos que me apoiaram por este país fora (...) Devo muito ao meu partido. Devo muito a todas estas pessoas que estão aqui", rematou Moedas.

Vencer as eleições "está perfeitamente ao alcance" do PSD 

Também o candidato derrotado à presidência do PSD, Paulo Rangel, acredita que "está perfeitamente ao alcance" do partido vencer as eleições legislativas de 30 de janeiro, embora sublinhando que, para isso, o PSD tem que ser uma alternativa ao PS.

À chegada para o 39.º Congresso Nacional do PSD, na tarde do segundo dia, o eurodeputado do PSD afirmou que o partido tem "todas as condições para ganhar as eleições de 30 de janeiro", mostrando "imensa confiança" nesse objetivo.

"Houve as eleições internas, foi um tempo de debate que eu acho que reforçou e legitimou muito a presença do PSD, como aliás se vê. Penso que foi um processo muito positivo e, portanto, a partir de agora é concentrar todos os esforços para ganharmos as eleições, o que está perfeitamente ao nosso alcance", enfatizou.

Para Paulo Rangel, "qualquer partido, com vocação maioritária, tem que aspirar o melhor resultado possível".

"Temos que lutar pelo melhor resultado possível e o primeiro objetivo é ganhar as eleições e depois quanto mais confortável for essa vitória, melhor. Para ganhar as eleições é preciso ser alternativa ao PS", sublinhou.

Questionado sobre se chegou a ser convidado para voltar a encabeçar alguma lista aos órgãos nacionais, o eurodeputado do PSD recusou-se a entrar nessas questões.

"Já disse antes do congresso que venho cá como militante de base, julgo que depois de ter protagonizado uma candidatura à liderança, a minha obrigação era essa", respondeu, escusando-se a fazer qualquer comentário ao discurso de Rui Rio de sexta-feira na abertura da reunião magna.



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