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Ricardo Paes Mamede diz que economia permite "geringonça 2"

Do ponto de vista económico, as linhas vermelhas do PS e dos partidos à sua esquerda são compatíveis por mais quatro anos. A conclusão é de Ricardo Paes Mamede, economista e professor do ISCTE.

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As linhas vermelhas traçadas pelo PS e pelos partidos à sua esquerda são compatíveis, do ponto de vista económico, diz Ricardo Paes Mamede, em entrevista ao Negócios e Antena 1, que será publicada na edição de segunda-feira do jornal. Sob este ponto de vista, "seria possível haver uma geringonça 2", diz o professor do ISCTE.

Para o PS, é imperioso cumprir as regras orçamentais europeias; para o BE e o PCP, há que continuar a aumentar a despesa para serviços públicos em termos reais, e subir o investimento. "Fui tentar perceber se seria possível compatibilizar estas linhas vermelhas", conta o professor.

Paes Mamede usou as previsões do FMI, que considera que é "a instituição internacional habitualmente com previsões mais pessimistas" para calcular se é possível, com aquele ritmo projetado de crescimento económico, cumprir as regras comunitárias e subir a despesa e o investimento. "A conclusão é de que seria possível haver uma 'geringonça 2'. É possível prosseguir a estratégia de devolução de rendimentos com algum reforço do investimento público e cumprir as metas orçamentais," defende Paes Mamede.

Contudo, isto não quer dizer que o economista se reveja completamente na política financeira do Executivo. Paes Mamede considera que Mário Centeno optou por uma estratégia orçamental demasiado restritiva e argumenta que é possível continuar a baixar a dívida – um sinal que reconhece que é importante dar aos mercados – mas com défices um pouco mais elevados, que podem ir até 2%.
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