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Ricardo Conde assegura presidência da Portugal Space até ao verão de 2021
A agência espacial portuguesa vai ter uma chefia interina nos próximos dez meses, após a saída da italo-alemã Chiara Manfletti e até concluir o concurso internacional. Veja os quatro projetos em marcha na Portugal Space.
Depois da renúncia por parte da engenheira aeronáutica Chiara Manfletti, que terminou a comissão de serviço e regressou à Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês), a Portugal Space apontou Ricardo Conde como presidente interino, um cargo que deve manter até ao verão do próximo ano.
Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e com uma pós-graduação em tecnologias espaciais, o novo líder da Agência Espacial Portuguesa, constituída em março de 2019, está ligado ao setor aeronáutico e espacial há quase três décadas. Entre outras participações, foi responsável pelo desenvolvimento de negócios de "ground segment" da Edisoft, empresa de software e engenharia de sistemas controlada desde 2013 pelo Grupo Thales.
Membro da direção da Portugal Space desde 2019, Ricardo Conde refere, citado numa nota de imprensa, que pretende "reforçar as linhas de orientação traçadas na estratégia nacional Portugal Espaço 2030, promovendo na próxima década a criação de mil postos de trabalho qualificados no sector espacial, juntamente com a multiplicação por, pelo menos, dez vezes do atual volume de negócios do setor espacial, de forma a atingir cerca de 500 milhões de euros em 2030".
A assembleia-geral da agência aprovou ainda a abertura de um concurso público internacional para selecionar o novo presidente até meados de 2021. As candidaturas têm de ser submetidas até janeiro, mas os termos concretos desse processo de recrutamento ainda não foram publicados. Porém, é já certo que aos candidatos será exigido, entre outros critérios, experiência internacional e conhecimento na gestão e angariação de fundos internacionais.
Os quatro projetos em marcha na Portugal Space:
- Desenvolvimento de uma constelação de microssatélites orientada para a Observação da Terra (Atlantic Constellation), lançada em colaboração com o Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Centre), que estará operacional a partir de 2025;
- Desenvolvimento e operação de uma plataforma de Observação da Terra que integrará múltiplas fontes de dados (Planeta Digital);
- Criação de um ecossistema de comunicações 5G para o desenvolvimento e aproveitamento do Atlântico e das regiões ultraperiféricas de Portugal;
- Programa Internacional de Lançamento de Satélites dos Açores (Azores ISLP), incluindo a construção e promoção de um porto espacial na ilha açoriana de Santa Maria.